Com
o objetivo de chamar atenção da sociedade e, principalmente, dos órgãos
públicos estaduais e federais para a severa destruição ambiental em
curso na região, cerca de 300 indígenas do povo Pataxó ocuparam na manhã
desta segunda-feira (21) uma monocultura de eucalipto na fazenda
Nedila, no município de Prado, na Bahia. Eles também apreenderam dez
equipamentos agrícolas de propriedade da empresa de papel e celulose
Suzano, segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto, de
acordo com informações da própria empresa.
Em
nota pública, os Pataxó afirmam que já é possível perceber os efeitos
nocivos da plantação para os seres humanos, na fauna, flora e, mais
gravemente, nos rios e nascentes. Também afirmam que grandes áreas da
Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo, estão sendo
desmatadas diuturnamente.
“Nós
acusamos os órgãos responsáveis pela liberação e fiscalização, como a
Secretaria do Meio Ambiente de Prado e o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por conivência ou, no mínimo,
negligência nessa situação”, declaram na nota. Eles pedem a presença de
representantes de órgãos, como a Funai, a Secretaria do Meio Ambiente do
município do Prado e do ICMBio, dos responsáveis pela empresa Suzano, e
solicitam a presença da imprensa para denunciar as violações cometidas
contra os povos indígenas da região.
Leia na íntegra a nota Órgãos públicos autorizam a destruição da vida na Terra Indígena Pataxó
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