Por Tereza Amaral
Falta de aviso não foi. E com pedido de ajuda do presidente da Comissão
de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulo
Pimenta. No últimos dia 29, as 8h36m, ele postou em sua página pessoal
numa Rede Social "estamos alertando a tod@a o agravamento da situação no
MS", tendo marcado Ministério da Justiça, Funai, Conselho Nacional de
Justiça, Ministério Público Federal - MPF, Departamento de Polícia
Federal - MJ, além da presidente Dilma Rousseff, dentre outros. "Urgente
necessidade da presença efetiva das autoridades para evitar mais
conflito e violência" escreveu postando matéria do Cimi.
No mesmo dia, às 14h03m o grito de pedido de socorro ecoou na página da Aty Guasu. "URGENTE! Os mais de 200 pistoleiros armados, paramilitar das fazendas atacam a tiros, massacraram de forma terroristas às comunidades Guarani e Kaiowa - no tekoha Marangatu-Antonio João, neste momento às 12horas, dia 29/08/2015. Há massacre dos indígenas neste momento, coordenado pela fazendeira Rozeli Silva, sindicatos rural. Não sabemos ainda quantos indígenas são assassinados, torturados, feridos e agredidos. às 12horas chegaram mais de 200 pistoleiros armados e atacaram com tiros, violento e terrorista às crianças, mulheres, idosos indígenas neste momento no tekoha Ñanderu Marangatu. Voltaremos a qualquer momento para informar quantos indígenas foram mortos, feridos deste ataque genocida e terrorista dos fazendeiros contra os povos Guarani e Kaiowa no tekoha Ñanderu Marangatu-MS-Brasil".
E veio a confirmação fatídica: o jovem líder Semião Vilhalva foi barbaramente assassinado com um tiro no rosto.
Às 19h06m, o Conselho da Aty Guasu divulgou comunicado: "ATY GUASU DE LUTO. Nota de pesar de povos Guarani e Kaiowa. Com profunda tristeza comunicamos o assassinato de SIMÃO VILHALVA, dia 29/08/2015, no tekoha Ñanderu Marangatu pelos pistoleiros da fazenda Fronteira da Rozeli Silva, presidente sindicato rural, esposa de Pio Silva ex-prefeito de Antônio João. O ataque, massacre e assassinato indígenas foi planejado na presença de senador MOKA e outros políticos anti-indígenas, de manhã de hoje. INDÍGENA SIMÃO deixou esposa e filhos (as). De forma igual, já ocorreu no dia 24 de dezembro de 2005, essa mesma fazendeira Rozeli mandou assassinar indígena DORVALINO ROCHA. Pedimos JUSTIÇA! PUNIÇÃO AOS AUTORES E MANDANTES. DEZENAS DE LIDERANÇAS GUARANI E KAIOWA JÁ FORAM ASSASSINADAS PELOS FAZENDEIROS, MAS OS AUTORES E MANDANTES NÃO SÃO JULGADOS PELA JUSTIÇA DO BRASIL".
De lá p'ra cá - apenas quatro dias - o mundo clama por justiça. Na tarde de ontem, em Brasília, o deputado Paulo Pimenta que esteve três vezes no Mato Grosso do Sul, somente este ano, participou com indígenas do cortejo simbólico com lideranças da Aty Guasu. Eles estiveram no Supremo Tribunal Federal e protocolaram uma petição solicitando o fim da suspensão dos efeitos do decreto de homologação da Terra Indígena Ñanderú Marangatú que aguarda, há uma década, julgamento daquela Corte.
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No mesmo dia, às 14h03m o grito de pedido de socorro ecoou na página da Aty Guasu. "URGENTE! Os mais de 200 pistoleiros armados, paramilitar das fazendas atacam a tiros, massacraram de forma terroristas às comunidades Guarani e Kaiowa - no tekoha Marangatu-Antonio João, neste momento às 12horas, dia 29/08/2015. Há massacre dos indígenas neste momento, coordenado pela fazendeira Rozeli Silva, sindicatos rural. Não sabemos ainda quantos indígenas são assassinados, torturados, feridos e agredidos. às 12horas chegaram mais de 200 pistoleiros armados e atacaram com tiros, violento e terrorista às crianças, mulheres, idosos indígenas neste momento no tekoha Ñanderu Marangatu. Voltaremos a qualquer momento para informar quantos indígenas foram mortos, feridos deste ataque genocida e terrorista dos fazendeiros contra os povos Guarani e Kaiowa no tekoha Ñanderu Marangatu-MS-Brasil".
E veio a confirmação fatídica: o jovem líder Semião Vilhalva foi barbaramente assassinado com um tiro no rosto.
Às 19h06m, o Conselho da Aty Guasu divulgou comunicado: "ATY GUASU DE LUTO. Nota de pesar de povos Guarani e Kaiowa. Com profunda tristeza comunicamos o assassinato de SIMÃO VILHALVA, dia 29/08/2015, no tekoha Ñanderu Marangatu pelos pistoleiros da fazenda Fronteira da Rozeli Silva, presidente sindicato rural, esposa de Pio Silva ex-prefeito de Antônio João. O ataque, massacre e assassinato indígenas foi planejado na presença de senador MOKA e outros políticos anti-indígenas, de manhã de hoje. INDÍGENA SIMÃO deixou esposa e filhos (as). De forma igual, já ocorreu no dia 24 de dezembro de 2005, essa mesma fazendeira Rozeli mandou assassinar indígena DORVALINO ROCHA. Pedimos JUSTIÇA! PUNIÇÃO AOS AUTORES E MANDANTES. DEZENAS DE LIDERANÇAS GUARANI E KAIOWA JÁ FORAM ASSASSINADAS PELOS FAZENDEIROS, MAS OS AUTORES E MANDANTES NÃO SÃO JULGADOS PELA JUSTIÇA DO BRASIL".
De lá p'ra cá - apenas quatro dias - o mundo clama por justiça. Na tarde de ontem, em Brasília, o deputado Paulo Pimenta que esteve três vezes no Mato Grosso do Sul, somente este ano, participou com indígenas do cortejo simbólico com lideranças da Aty Guasu. Eles estiveram no Supremo Tribunal Federal e protocolaram uma petição solicitando o fim da suspensão dos efeitos do decreto de homologação da Terra Indígena Ñanderú Marangatú que aguarda, há uma década, julgamento daquela Corte.
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> Indígenas Guarani e Kaiowá peticionam no STF pedido para que ministros destravem homologação de Ñanderú Marangatú
Diante do genocídio em curso, as sociedades nacional e internacional
estão acompanhando o caso e esperam - demonstram publicamente em manifestações nas
redes sociais - que os mandantes e pistoleiros sejam severamente
punidos. E também esperam a retomada dos processos demarcatórios dos
tekohas que são reconhecidamente Terras Indígenas.
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