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CIMI
No final da tarde deste sábado, 05, o vice-prefeito de Douradina,
José Ailton Nunes, intermediou um acordo entre os Guarani e Kaiowá e os
fazendeiros, que desde a última quinta-feira, 3, atacam a comunidade do
tekoha Guyra Kamby’i. Na conversa, ficou acertado que as 20 famílias
indígenas permanecerão na área de dois hectares, ocupada há quatro anos,
e que os capangas, pistoleiros e fazendeiros encerrariam o cerco às
imediações da aldeia.
Lideranças indígenas confirmaram, no final da noite, que o bando
subiu nas dezenas de camionetes, usadas nas ações violentas contra os
Guarani e Kaiowá, e evadiu-se. A comunidade, porém, segue em estado de
atenção.
Um novo ataque de fazendeiros ocorreu na manhã deste sábado, 5,
contra a comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha – lugar onde se é – Guyra
Kamby’i, Distrito de Bacajá, cidade de Douradina,a 30 km de Dourados
(MS). Os indígenas não apresentaram resistência e recuaram para esta
área de dois hectares, retomada há quatro anos e onde organizaram uma
aldeia: até o pouco espaço deixar a vida insustentável e confinada. O
ataque aconteceu uma semana depois do assassinato de Semião Vilhalva,
durante investida de fazendeiros contra o tekoha Ñanderú Marangatú.
Desde a noite de sexta-feira, 4, conforme a imprensa do Mato
Grosso do Sul, a área em que os Guarani e Kaiowá de Guyra Kamby’i
estavam vinha sendo alvo de atentados. Para o local os indígenas
recuaram depois de ataques a tiros e incêndio provocados pelos
fazendeiros na quinta-feira, 3, destruindo de forma completa o
acampamento erguido pelos Guarani e Kaiowá durante retomada no meio da
semana. Os ruralistas queriam os indígenas fora daquilo que eles afirmam
ser propriedades rurais produtivas, empurrando-os ainda mais para fora
da terra indígena.
Guyra Kamby’i é uma terra indígena identificada pela Funai, mas o
procedimento demarcatório encontra-se paralisado. Confinados em dois
hectares, e sem nenhum sinal de finalização da demarcação pelo governo
federal, os Guarani e Kaiowá de Guyra Kamby’i optaram pelas retomadas de
porções da terra indígena, ocorridas durante esta semana. Exatamente em
tais retomadas a violência ruralista se concentrou nesses últimos três
dias. Ler original AQUI.
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