17 de setembro de 2015

Advogada-Proprietária Luana Ruiz esbraveja contra ministro Cardozo e "anuncia" despejo amanhã (MS)

 Se os índios não cumprirem, incorrerão no crime de desobediência, inclusive o Ministro da Justiça que foi oficiado. Pois o juiz determinou que fosse oficiado o Ministro. E não é de hoje que o Ministro esbraveja que vai segurar as reintegrações. Mas ele se esquece que decisão judicial é pra ser cumprida... Não vamos nos omitir diante a castração dos nossos direitos. Quem descumpre decisão judicial é criminoso. 
Indígenas  na retomada Ñande Ru Marangatu, onde incidem as fazendas _
Marcos Ermínio

Por Tereza Amaral 
A 'pérola' acima é da proprietária de uma das fazendas retomadas pelos Guarani-Kaiowá da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatú  homologada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e suspensa através de recursos judiciais protelatórios, a também advogada Luana Ruiz Silva em entrevista concedida ao Campo Grande News nesta quinta-feira.
O esbravejamento da filha da presidente do Sindicato Rural de Antônio João (STR) , Roseli Maria Ruiz, denunciada por organizações à União Europeia por ocasião do 5° Diálogo de Direitos Humanos onde é apontada como quem convocou -  com presença de parlamentares - a reunião no STR que antecedeu o ataque dos fazendeiros e resultou no bárbaro assassinato de Semião Vilhalva.
Além de desrespeitar o ministro Eduardo Cardozo (Justiça) - e com uma pitada de fúria para o bom leitor - a proprietária-advogada lembra que o prazo de despejo vence amanhã (18). E  ainda ousa dizer que "a lei está ao lado dos produtores rurais".
De fato, em se considerando que sua mãe continua impune por incitação - no mínimo - ao ataque que barbaramente executou o jovem líder Guarani-Kaiowá e, dentre outras barbáries, violência por meio do uso inconstitucional de organização paramilitar numa série de atrocidades  que não poupou sequer um bebê de colo atingido por bala de borracha.
Despejo
Ainda segundo a matéria do Campo Grande News (Ler abaixo), a decisão do juiz federal Diogo Ricardo Goes Oliveira (1ª Vara Federal de Ponta Porã) que determinou a reintegração de posse favorável aos fazendeiros, inclusive ao clã da advogada-proprietária, "consta a intimação do dirigente da Funai com competência em Antônio João para que cumpra a ordem de desocupação". 
Corpo de Oziel Terena assassinado em reintegração de posse na TI Buriti _ Brasil de Fato
O delegado-chefe da Polícia Federal de Ponta Porã também foi intimado "para que tome as providências necessárias da desocupação dos indígenas e apure a ocorrência de crime, no descumprimento do mandado", conforme reportagem.
Impunidade e ironia nada socrática enviesada no esbravejamento de Luana Ruiz contra o titular da Pasta da Justiça refletem provocações inaceitáveis como, igualmente, é inadmissível o genocídio em curso no Mato Grosso do Sul, vale ressaltar, que promovido pela conexão de fazendeiros, políticos e em decisões judiciais como a que resultou na morte de Oziel Terena naquele estado. Ler matéria em Campo Grande News AQUI

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NOTA

Este Blog disponibiliza espaço para a senhora Luana Ruiz  Silva e ou a quem interessar pronunciar-se  sobre a matéria Advogada-Proprietária Luana Ruiz esbraveja contra ministro Cardozo e "anuncia" despejo amanhã (MS)
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