"Devemos voltar nos tempos dos coronéis. Quem manda é aquele que tem mais bala na agulha pra se defender" | ||
Rezadora Xurite Lopes, uma das vítimas de fazendeiros ( Tekoha Kurusu Amba. Foto _ OAB MS) |
Por Tereza Amaral
O deputado "Nota 10 da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul" - eleito pelo apresentador do Programa Caminhos do Produtor - Zé Teixeira (DEM), notadamente anti-indígena, assinou pela instalação da CPI do Genocídio com um único objetivo: "atirar" com inverdades sobretudo contra os povos Guarani-Kaiowá e Terena.
Descredenciado para falar sobre o genocídio em curso e considerado por um ex-presidente da Funai como "um dos maiores responsáveis pelo genocídio existente hoje no estado do Mato Grosso do Sul", em entrevista concedida à mídia ruralista (Veja abaixo) o deputado nega o massacre, chama os indígenas de ladrões, estupradores e diz que eles se matam entre si, queimam fazendas, dentre outras barbaridades.
O deputado elenca uma face de terror revertida aos povos massacrados. E falta com a verdade no episódio que aconteceu com o segurança da Assembleia Legislativa e um advogado indigenista. Ele disse que foi o advogado Rogério Batalha quem agrediu o segurança - imagens divulgadas mostram o contrário - naquela Casa Parlamentar. Nota Zero.
Do alto dos seus 75 anos de idade, e 'estrangeiro' - por duas vezes fala sobre quando chegou naquele estado, Zé Teixeira deixa claro no Programa Caminhos do Produtor que quer desvirtuar o verdadeiro intuito da CPI do Genocídio. Ele deseja massacrar ainda mais os indígenas atingindo a ancestralidade do povo, atacando, inclusive, caciques que tombaram barbaramente assassinados pelos fazendeiros.
O deputado dono de fazenda chama a CPI do Cimi - um despautério para desfocar o genocídio em curso - de "CPI da Desordem e do Desmando". E abusa da palavra utopia para negar a legitimidade dos territórios reconhecidamente dos povos originários, além de mencionar alcoolismo e violência nas reservas - guetos - sem explicar, no entanto, serem resultado da tomada dos tekohas pelo governo na época do extinto SPI (Sistema de Proteção ao Indio).
A
entrevista, a seguir, é sim um desmando, sobretudo, na repudiante distorção dos fatos. Confira!
NOTA
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