6 de outubro de 2013

No Circo...


Mobilização Nacional Indígena _ Foto Greenpeace/Brasília

Por Tereza Amaral

Numa breve analogia com um circo, o Brasil se encontra assim: O picadeiro está proporcionalmente dividido entre os adestradores de cavalos e os palhaços, ambos chegam a alcançar até o mesmo índice em audiência. E eles rebolam e muito com suas piadas sem graça e o visível cansaço dos animais que passam exaustivas horas ensaiando para o momento da apresentação.
E o espetáculo continua... No drama - peça teatral de quatro atos - os vilões usam vestuário que se alterna entre botas, chapéus, ternos e 'taiês' das grandes redes internacionais de roupas. Gargalhadas 'porcinianas' e até o Rei da Bola se alternam nas falas dos 'abaixoabola'.
E tudo sob o olhar penetrante dos protagonistas mocinhos que embelezam o ato com o que ainda existe de sublime como modelo de socialização humana. O multicolorido nas cabeças e as faces pitadas traduzem a resistência pela existência num mundo desumano.
Enquanto os primeiros atiram contra eles - com leis e armas de fogo - eles dançam o toré em união e força para sustentar a cultura, entoando cânticos. Belo espetáculo que enche os olhos da platéia. Aqui não há elefantes, leões, mas a mais bela fauna tropical sob ameaça dos vilões ambiciosos e de olho nos rios e florestas porque querem ouro, nióbio e madeiras, dentre outras riquezas preservadas pelos mocinhos.
E o proprietário do circo com o mestre de cerimônia repetem: "Hoje Tem Espetáculo" num convite ao público para assistir ao que passa no levantar da cortina. Seja das arquibancadas populares ou dos lugares reservados...e então, você já escolheu a quem vai aplaudir? Nesse circo, no final do drama, o público é convidado a interagir e há uma espécie de eleição, através de aplausos, para escolha entre vilões e mocinhos. Não economize nas palmas para estes últimos...dê-me a sua mão!
Foto  Arquivo_ Arquivo Pessoal /PE


Nota da Autora: Desde criança amo espetáculos circenses

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