20 de outubro de 2013

Pensar é mais do que Existir : É Resistir!

Por Tereza Amaral

Na guerra do Agronegócio contra indígenas só há uma forma de escolher o 'front': Pensar e se localizar. Lendo posts no Feed Notícias da rede social Facebook, deparei-me com o vídeo da que parece ser a 'Advogada do Diabo'.
Trata-se da latifundiária Luana Ruiz Silva que já começa tratando os povos originários sempre como ELES - segregando - e, depois, se enrola numa leitura antropofágica das guerras territoriais e, finalmente, chega ao Estado Democrático de Direito. E aqui se contradiz no ELES: "esses povos indígenas não são povos, são cidadãos brasileiros. Povo é um só: O povo brasileiro. Temos que olhar p'ra ELES..." ( se somos um Só por que o  'ELES românico'?).
A especialista acusa a Funai de emitir laudos fraudulentos que teriam sido fabricados - termo dela - por antropólogos, mas não se reporta ao extinto SPI (Serviço de Proteção aos Índios) que 'doou' as terras onde nasceu, engatinhou ainda criança e continua engatinhando em Direito Indígena.
E pede a banição do Cimi, critica a 'alta corte do Poder Público'. A advogada ousa pensar que vai convencer a opinião pública para a leitura parcial e antagônica da sua escola latifundiária. A 'especialista' nega débito histórico com os povos indígenas e tenta, de forma arrogante, destruir a face indígena de 305 etnias que compõe o belo mosaico indígena brasileiro. Assista ao vídeo e pense! 
 http://mais.uol.com.br/view/hjfeee52anhw/nao-existe-divida-historica-com-indigenas-afirma-advogada-04020E1C3766E0A14326?types=A
Liderança Indígena Valdelice Veron, ameaçada de morte pelo latifúndio que a advogada  Luana 'reinventa' _  Arquivo Pessoal

* Sobre o vídeo
Especialista em conflitos agrários, Luana Ruiz Silva formou-se em direito para entender a questão indígena. Sua família teve a propriedade invadida em 1998 e desde então a Fazenda Fronteira está ocupada por indígenas. "Não têm o direito de rasgar decisão judicial e de pisar na nossa Constituição", afirma Luana. Veja a entrevista da jurista na íntegra, que acusa laudos antropológicos da Funai de fraude e exige o banimento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) do processo das demarcações.  http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/nao-existe-divida-historica-com-indigenas-afirma-advogada-70406

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