29 de junho de 2013

Demarcar terras é fundamental para diminuir a violência contra os povos indígenas

O Informe Nº 1072 do Cimi  responsabiliza o governo Dilma. "A omissão em relação às demarcações das terras indígenas pelo atual governo federal foi apontada como uma das principais causas do aumento de diferentes formas de violências contra os povos indígenas em 2012, em relação ao ano anterior. Publicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), aponta um crescimento de 237% na categoria "violência contra a pessoa" - que engloba ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporal e violência sexual. O número de assassinatos de indígenas aumentou para 60 vítimas, nove a mais que no ano anterior. Com 37 casos, o Mato Grosso do Sul continua sendo o estado com o maior número de ocorrências, seguido pelo Maranhão, com sete vítimas" Leia matéria na íntegra!



28 de junho de 2013

Povo Terena: Ex-deputado Ricardo Bacha quintuplicou suas terras rurais em dez anos no MS

Por Alceu Luís Castilho

Entre 1996, dois anos antes de se candidatar ao governo do Mato Grosso do Sul, e 2006, candidato a deputado estadual, o pecuarista Ricardo Bacha teve o patrimônio ampliado de R$ 554 mil para R$ 1,75 milhão. A quantidade de terras saltou de 1.252 hectares para 6.214 hectares. Os dados constam das declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral. 

Bacha é pivô da crise com os indígenas da etnia Terena, no Mato Grosso do Sul. Eles reivindicam 17 mil hectares na região. A Fazenda Buriti, do ex-deputado, leva o mesmo nome da Terra Indígena Buriti, já reconhecida pela Funai, mas não homologada pelo Ministério da Justiça. Foi lá que morreu o indígena Oziel Gabriel, em maio, baleado pela Polícia Federal durante reintegração de posse. Dias após, em outra fazenda, outro Terena foi baleado pelas costas, mas sobreviveu. 

A Fazenda Buriti já aparecia na declaração entregue em 1998, quando Ricardo Bacha foi candidato ao governo pelo PSDB. Seu valor era de R$ 272 mil. Um ano depois passou 
irmão de Oziel Gabriel chora sua morte/ Marcos Ermínio
para R$ 333 mil, valor que não foi mais corrigido. Ela tem 302 hectares – onde o pecuarista, formado em engenharia, cria gado. 


O blog solicitou os dados há algumas semanas ao presidente do TRE-MS, já que, ao contrário da declaração de 2006, eles não estão disponíveis na internet. Em 1998, Bacha apresentou a lista entregue ao Imposto de Renda em dois anos: 1996 e 1997. Os valores corrigidos de um ano para o outro não foram mais atualizados. 

Entre 1997 e 2006 o pecuarista adquiriu terras menos valiosas que a Fazenda Buriti, porém mais extensas. Bacha tinha somente três fazendas em 1997 (com 1.252 hectares). Em 2006, quando foi candidato à Assembleia Legislativa pelo PPS, a quantidade de fazendas saltou para 13. Perfazendo o total de 6.214 hectares. 

Uma dessas dez novas terras fica em Caracol (MS). É a Fazenda São Judas Tadeu, com 903 hectares, declarada por valores redondos: R$ 270 mil. Outra, a mais extensa, fica em Ribas do Rio Pardo (MS). A Fazenda Limão tem 3 mil hectares e foi declarada por R$ 300 mil. 

O preço das terras é considerado o principal motivo da resistência dos fazendeiros em deixar o local. O conflito no Mato Grosso do Sul foi um dos principais assuntos de maio. Em junho, com os protestos de rua em todo o Brasil, perdeu visibilidade. 

Note-se que a correção do preço da fazenda Buriti, em 1997, para R$ 333 mil, ocorreu já durante a vigência do real. E que a fazenda em Ribas do Rio Pardo, dez vezes maior que ela, foi declarada por menos que isso. 

* o autor deste blog (Outro Brasil) é também o autor do livro Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro (Editora Contexto, 2012) 

27 de junho de 2013

Violências contra os povos indígenas aumentaram em 2012

Veja Relatório do Cimi! http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6998&action=rea
Oziel Terena foi o último indígena assassinado

Suicídio: Genocídio silencioso

Relatório do Cimi revela que número de suicídios é maior entre os guaranis-kaiowás
 Dados divulgados hoje (27) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostram que, de um total de 23 suicídios de índios em 2012 no país, nove ocorreram entre integrantes da etnia Guarani-Kaiowá. Segundo a entidade, a prática do “suicídio está causando um genocídio silencioso” em Mato Grosso do Sul.
 Os números fazem parte do Relatório de Violência contra os Povos Indígenas. Segundo o estudo, os índices divulgados pelo Ministério da Saúde são “ainda mais dramáticos”, já que apontam 56 suicídios entre os Guarani-Kaiowá no mesmo período.Leia matéria da Agência Brasil!

26 de junho de 2013

Indígenas Terena afirmam que não sairão de fazenda, mesmo com reintegração de posse

Vence amanhã o prazo para saída de 800 indígenas Terena de fazenda no município de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Leia sobre!http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6996&action=read

Foto _ Arquivo Região News

Comissão avança na avaliação das propostas para solução de conflitos indígenas em MS

Cimi lança amanhã Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas

Dados como o aumento de assassinatos de indígenas, o colapso da saúde, os crescentes casos de suicídios, que a cada ano bate recordes, e a baixa execução orçamentária do governo Dilma Rousseff na demarcação de terras serão revelados ao conjunto da sociedade brasileira.Leia sobre!http://www.cimi.org.br/site/pt-br/index.php?system=news&conteudo_id=6994&action=read

25 de junho de 2013

Nota da Aty Guasu

Esta nota da Aty Guasu vem repudiar e denunciar a propaganda pública de GENOCÍDIO, ÓDIOS, VIOLÊNCIAS CONTRAS INDÍGENAS, patrocinada pela FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO MATO GROSSO DO SUL (FAMASUL). Frente ao fato de incitação pública de violências contra indígenas, vimos denunciar o ato de racismo, de estigmatização, sobretudo de discriminação pública as vidas dos indígenas pela organização dos fazendeiros do Mato Grosso do Sul (FAMASUL).
Observamos que, nos últimos dois meses de 2013, na entrada e nos centros urbanos de todas as cidades do Estado de Mato Grosso do Sul foi exposto pela FAMASUL um grande pôster e cartaz em que consta IMAGEM DO ÍNDIO E O SLOGAN CONFUSO – “ONDE TEM JUSTIÇA, TEM ESPAÇOS PARA TODOS”. Além disso, no pôster e no cartaz a imagem foi posta, por um lado, índio como sendo seres não humanos, enquanto a imagem do “branco” como sendo seres humanos incitando publicamente mais ódio, racismo, genocídio e violências contra as vidas dos indígenas brasileiros.
FAMASUL patrocina a divulgação na mídia, por isso, esse pôster e cartaz da FAMASUL estão sendo divulgados na TV, jornais, na entrada das cidades e nas ruas. Esse pôster e cartaz racistas e assassinos estão aumentando as violências contra as vidas dos indígenas, colocando em genocídio e em risco total o futuro das vidas dos indígenas do Mato Grosso do Sul, por essa razão, Aty Guasu Guarani solicita ao governo e justiça do Brasil para responsabilizar a FAMASUL pelo seu ato truculento e, sobretudo mandar retirar o pôster e slogan assassinos da FAMASUL das ruas de todas as cidades do Mato Grosso do Sul.
No Mato Grosso do Sul, com frequência, na mídia e na reunião dos fazendeiros/políticos, nós indígenas fomos taxados sempre de seres bárbaros, não seres humanos e improdutivos, mas como é que nós indígenas sem mais espaços de terras iremos produzir, sem apoio do governo, como seremos indígenas produtores? Enquanto que uma pequena parcela de fazendeiros se apropriou de imenso de terras indígenas e recebe apoio financeiro do governo, por isso eles apresentam como “grandes produtores rurais”. Temos absoluta certeza que sem espaço de terra e sem apoio do governo os fazendeiros também não seriam “produtores rurais”. Por essa razão, o nosso o slogan Guarani-kaiowá divulgado é:
ONDE TEM JUSTIÇA, TEM DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM GENOCÍDIO.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM VIOLÊNCIAS CONTRA INDÍGENAS.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM IMPUNIDADE.
ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 25 de junho de 2013.
Lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá contra genocídio.

Manifestação Guarani-Kaiowá

A partir de hoje lideranças Guarani- Kaiowá estarão reunidas até do dia 28 deste mês. Em pauta,  uma manifestação de 20 mil índios da etnia de 30 terras em processo de demarcação. Em Nota da Aty Guasu a manifestação pacífica será "pela conclusão de demarcação de terras indígenas tradicionais, pela justiça de verdade, contra genocídio e pela punição aos fazendeiros assassinos que são impunes no estado de Mato Grosso do Sul".
*Onde tem justiça não tem genocídio indígena
*Onde tem justiça tem demarcaçã o de terras indígenas

*Onde tem justiça não tem violências contra indígenas
Aty Guasu Guarani-Kaiowá
Foto _ Aty Guasu
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Munduruku protesta contra parlamentares que defendem construção de hidrelétricas

“Nossa posição precisa ser respeitada. Ontem, nesta casa, alguns vereadores criticaram nosso movimento. A gente veio aqui [na Câmara] pra deixar um recado bem claro: se vocês não podem nos ajudar, também não atrapalhem", disse Valdenir Munduruku. Leia sobre no Cimi!
Foto _ Cimi


23 de junho de 2013

Saweh!

URGENTE!!!!!

*** Comunicado ***

Comunicamos às autoridades do governo federal que estamos liberando os três pesquisadores. Os materiais da pesquisa apreendidos - que subsidiarão o Estudo de Impacto Ambiental referente ao projeto do governo para construção de barragens no nosso rio Tapajós e seus afluentes não serão devolvidos.

Queremos reforçar que os estudos que estão sendo realizados não foram informados para nós Munduruku e comunidade em geral. Por isso, consideramos ilegal e inconstitucional por parte do governo.

Exigimos a anulação imediata desses estudos.

Nós Munduruku decidimos liberar os pesquisadores para que o governo reveja sua intransigência de implantar projetos grandiosos em nosso território, que só causam destruição e morte.

Será que o governo está querendo conflito, colocando em risco a vida dos pesquisadores e seus funcionários? Será que o governo vai se responsabilizar por isso?

Tudo o que queremos é que nosso Direito seja respeitado. Se o governo não respeitar, nós continuaremos defendendo com a nossa própria vida.

Nós somos Munduruku Ipereg’auy. Respeitem nossos direitos!

Jacareacanga, Pará, 23 de junho de 2013

Falta de aviso não foi! Guerreiros Munduruku prendem biólogos



Foto _ Tapajós em Foco

* Não está claro se estes integram o grupo já liberado, conforme Declaração que postamos ontem

Inimaginável: Fazendeira vira antropóloga e faz laudos contra índios enquanto filha dirige ONG

Roseli Ruiz tem diploma de antropóloga e faz perícias em terras em litígio. Sua filha, Luana, dirige a ONG Recovê -"conviver", em guarani. Mas ambas estão entre os mais ferrenhos defensores dos proprietários rurais de Mato Grosso do Sul na disputa de terras com indígenas.Leia na Folha de São Paulo!
Foto - Folha de São Paulo

22 de junho de 2013

Munduruku: Pesquisadores apreendidos são liberados com alerta para não retornarem


Foto _ Google

  • Declaração Munduruku: pesquisadores, não entrem nas nossas terras

    Nós, Munduruku do rio Tapajós, apreendemos um grupo de pesquisadores que estava ilegalmente em nossa terra. Eles estavam coletando animais, plantas e amostras para a construção de barragens nas nossas aldeias. Nós apreenderemos tudo o que foi coletado por eles, todos os materiais, tudo o que foi retirado e anotado das terras indígenas.

    Nós deixamos claro para o governo federal que não iríamos deixar entrar nenhum pesquisador nos nossos territórios.

    Nós vamos liberar pacificamente este grupo, mas alertamos que não toleraremos mais essa postura por parte do governo federal e dos empreendedores que querem construir barragens.

    Um avião búfalo do Exército/FAB pousou hoje em Jacareacanga. Esperamos que esses militares não tenham vindo para nos atacar, mas sim para defender o nosso direito pela nossa terra, a lei e a Constituição. Porque quem está errado é o governo. Nós estamos certos.

    Exigimos que o governo suspenda todos os estudos e pesquisas relacionados às barragens nos rios Tapajós e Teles Pires. Nós sabemos que as pesquisas são o primeiro passo para viabilizar a construção das hidrelétricas. Nós não vamos deixar as pesquisas e estudos acontecerem. Se o governo não suspender, nós daremos um jeito. Sugerimos aos pesquisadores que não entrem nas nossas terras.

    Estão todos avisados.

    Jacareacanga, 22 de junho de 2013

Socióloga indígena ameaçada de morte em protesto no MS

NOTA DA ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ É PARA GOVERNO, JUSTIÇA FEDERAL SOCIEDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Através desta nota conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá vem denunciar às autoridades federais (Polícia Federal, Ministério Público Federal, Secretaria do Direito Humano, entre outros), ameaça de morte coletiva, prática de racismo e discriminação; sobretudo as violências promovidas publicamente pelo grupo dos fazendeiros contra os integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá e contra o bloco dos manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Esse fato mencionado ocorreu no centro de Dourados-MS, durante as manifestações pacíficas indígenas e não indígenas, no dia 20 de junho de 2013.
Frente ao fato ocorrido publicamente, pedimos à PF e MPF uma investigação rigorosa dos mentores e autores dessas ameaça de morte coletiva e violências contra as vidas dos manifestantes pacíficos pela DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS.
Uma da integrante do conselho da Aty Guasu ameaçada de morte publicamente pelo grupo dos fazendeiros (no dia 20 de junho de 2013) É A SOCIÓLOGA GUARANI-KAIOWÁ VALDELICE VERON. ELA É FILHA DO MARCO VERON ASSASSINADO PELOS FAZENDEIROS NO DIA 13 DE JANEIRO DE 2003, NO TEKOHA TAKUARA-JUTI-MS. SOLICITAMOS A PROTEÇÃO URGENTE À PROFESSORA VALDELICE VERON E SUA FAMÍLIA QUE ELA SOFREU DIRETAMENTE A AMEAÇA DE MORTE PELO GRUPO DE FAZENDEIROS. VALDELICE QUASE FOI ASSASSINADA PUBLICAMENTE, OS MANIFESTANTES NÃO INDÍGENAS PROTEGERAM A PROFESSORA VALDELICE QUE É A INTEGRANTE DO CONSELHO DA ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ.
ESSE GRUPO DE FAZENDEIROS É CONHECIDO PELOS INDÍGENAS E CIDADÃOS SUL-MATROGROSSOSENSE DEVERIA SER INVESTIGADA PELA POLÍCIA FEDERAL.
De fato, no dia 20 de junho de 2013, a prática de racismo, discriminação, ameaça de morte e violências foram praticadas publicamente pelos fazendeiros contra um bloco de manifestantes pacíficos em prol de DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Diante disso, mais uma vez, vimos destacar que nós líderes integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá, com frequência, sofremos ameaça de morte por parte dos fazendeiros. Importa destacar que várias lideranças da Aty Guasu Guarani-Kaiowá já foram assassinadas pelos fazendeiros truculentos e atrozes. Esses fazendeiros assassinos praticantes de genocídio não são investigados e nem julgados pela justiça brasileira, nunca foram punidos por isso, esse grupo de fazendeiros conhecidos, de forma tranquila, já assassinaram dezenas de lideranças e continuam praticando ameaça de morte, sobretudo o incitando o genocídio indígena. Parece que esses fazendeiros sabem que não serão responsabilizados e punidos pelas autoridades do Brasil. Mas mesmo assim, pedimos às autoridades federais investigativas a apuração dos crimes praticados pelos fazendeiros contra do bloco manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS, JUSTIÇA.
Nós lideranças da Aty Guasu continuamos em manifestações étnicas e pacíficas permanentes, exigindo aos governantes do país as efetivações de nossos direitos constitucionais.
Ressaltamos que as nossas manifestações étnicas e pacíficas em curso no Estado de Mato Grosso do Sul historicamente foram e são reprimidas e atacadas tanto pelas violências dos fazendeiros quanto pelas violências autorizadas pelo governo e justiça do Brasil.
Nós indígenas Guarani-Kaiowá nas condições de primeiros brasileiros, solicitamos reiteradamente aos governantes brasileiros (municipais, estaduais, federais) que ouçam e atendam as reivindicações dos manifestantes pacíficos brasileiros. Ao mesmo tempo, mais uma vez, nós Guarani-Kaiowá em manifestação étnica, retornamos a demandar as efetivações de nossos direitos à posse de nossas terras tradicionais, efetivações de nossos direitos à saúde e educação indígenas, que não são atendidas até hoje pelo governo e justiça do Brasil.
O governo e justiça do Brasil, em vez de efetivar os direitos indígenas, em vez atender as reivindicações antigas dos indígenas, a justiça brasileira apoia ação criminosa dos fazendeiros, aumentando e autorizando violência contra os indígenas.
Assim, comunicamos a todos (as) que de fato, mais uma ameaça de morte e violências públicas dos fazendeiros contra indígenas Guarani-Kaiowá foram assistidos pelos manifestantes em cidade de Dourados-MS, no dia 20 de junho de 2013.
MAIS UMA VEZ, SOLICITAMOS A PF E MPF A INVESTIGAÇÃO DOS FAZENDEIROS ENVOLVIDOS NA AMEAÇA DE MORTE COLETIVA AO BLOCO DE MANIFESTANTE PACÍFICO MENCIONADO.
Aguardamos a posição das autoridades federais Repudiamos reiteradamente as violências contra as vidas humanas.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani-Kaiowá, 21 de junho de 2013
Conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá contra genocídio do povo indígena.

Indígenas nas Ruas

Saweh! O indígena Karo Munduruku no protesto pedindo a não construção do Complexo Tapajós, no Pará.Trata-se de um modelo sem ecoeficiência ainda mais devastador do que Belo Monte.Ver matéria do IHU!
http://www.ihu.unisinos.br/cepat/cepat-conjuntura/512253-conjuntura-da-semana-complexo-tapajos-mais-um-tributo-a-voracidade-do-modelo-desenvolvimentista-
Foto _ Karo Munduruku

21 de junho de 2013

Indígenas participam das manifestações em Brasília e São Paulo

Relatório Figueiredo explicita que o passado de massacre aos indígenas se repete hoje

Leia matéria do Cimi! http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6988&action=read
Ilustração _ Waldez Duarte

Ministro anuncia compra da Buriti e Governo não acaba com conflito agrário em Sidrolândia

I Encontro dos Povos Indígenas na Fronteira vai debater a Convenção 169 da OIT

Leia matéria do Cimi!http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6987&action=read
Foto _ Foto Indígenas da TI Raposa Serra do Sol _ Survival

Davi Kopenawa fala sobre as manifestações no Brasil

DIREITO INDÍGENA NAS RUAS DO RECIFE

A causa indígena ganhou as ruas de Recife, ontem, na manifestação popular que reuniu  cem mil pessoas, segundo estimativa da Secretaria Estadual de Defesa Social.

20 de junho de 2013

A CORDA

Por Tereza Amaral

Hoje, aqui na capital pernambucana, o povo vai à rua. É o Acorda que, insisto, tem esquecido dos povos originários e tradicionais. Não recordo de ter visto nas televisões imagens referentes aos indígenas e quilombolas. Nem em outros veículos midiáticos.
É a corda da segregação? Já não bastam os laços mais do que promíscuos entre governo e produtores? Onde estão os militantes do movimento indígena? Eu vou! E vou moleca como sou...ousada como sou e indignada como estou.
A revolta popular é de brasileiros, cobrando por 20 centavos e adicionais de INJUSTIÇA, CORRUPÇÃO, COPA? É somente isso? E Belo Monte 'emuralhada' - Dilma esquece de todo nosso patrimônio, mas do canteiro da usina Não! E quanto ao genocídio? É necessário que entremos nessa 'corda'.
Hoje, daqui a pouco, também acaba a punição que sofri por uma postagem que fica longe - como o movimento vem acontecendo pelos direitos indígenas - de fotos postadas sistematicamente por outras páginas, mais especificamente em termos de nudez. E não estou criticando as fanpages, até porque  índios se 'vestem' assim, ainda andam assim e não com fardas  e coturnos. Mas ao fato e a quem tanto incomodo.
E querem saber mais? Esta VERDADE está engasgada na minha garganta depois de assistir, durante três longos dias de bloqueio, a 'ativistas' e 'cientistas políticos'  bradando o grito do GIGANTE e adormecidos no que concerne aos direitos indígenas...
SAWEH! Ainda é tempo de acordar e acender a luminária da compaixão!

18 de junho de 2013

O QUE PASSA NESSE PASSE?

Por Tereza Amaral

Nem tratoraço com suas ameaças nem um protesto PACÍFICO e de DIREITO por vidas...


O medo da presidente Dilma Roussef é de caras já não pintadas e sem uma causa, pelo menos na 'proporção tarifária' como o genocídio indígena.
Em matéria do Último Segundo (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-06-17/e-proprio-dos-jovens-se-manifestarem-diz-dilma-sobre-protestos-no-pais.html), Dilma recua: “As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem”, afirmou, segundo a assessoria da Presidência. 
Ela tem motivos para isso, uma vez que foram "os jovens" que tiveram participação decisiva no impedimento de Collor. Só que ali já  havia uma corrupção estatizada debaixo dos tapetes do Planalto em conluio com o Congresso Nacional. Depois o PT a vitrinizou! 
E quanto aos povos originários? Por que será que Dilma não se pronunciou quando os Munduruku estiveram em Brasília? O passe livre vale mais do que vidas executadas por tiros, omissão e suicídios? Jovens Guarani  se matam num protesto incomparável a uma tarifa de ônibus.
Quantos estudantes com camisetas brancas e rosas na mão foram apoiar o movimento indígena em Brasília? E mais: com discursos desencontrados nas capitais...Copa, tarifa, corrupção.
Nada pacíficos dos dois lados. Enquanto isso, a imprensa não noticia o que seria verdadeiro motivo de impedimento da presidente - genocídio - e os indígenas cada vez mais debaixo dos pneus dos tratores.  Há décadas não assistíamos a tanto desrespeito para com nossos Institutos. E todos correm pra negociar! E o agronegócio corre, paralelamente, para avançar e matar! Quem são os verdadeiros 'estudantes'? Quem está lucrando com esse passe?
Tem mais: A copa é realidade e, nunca imaginei, mas tenho que defender na condição de cidadã brasileira o respeito pelos torcedores do mundo inteiro que virão ao Brasil e, vale ressaltar,  nada têm a ver com crise ideológica, ética, política. Eles não pediram para que nosso país a sediasse. Que vergonha!

17 de junho de 2013

“O governo federal tem olhado para os povos indígenas com as lentes do agronegócio"

Mato Grosso do Sul: assassinatos, prisões e impunidade

Foto _ Cimi

"A polícia se apressa em ir ao local para esclarecer (ou não) mais essa morte de indígena no Mato Grosso do Sul. E para evitar animosidade, já vai adiantando que provavelmente a morte não tenha nada a ver com o conflito de terras indígenas na região. Enquanto Celso Figueiredo vai sendo velado, com prantos indignados, em Dourados cinco Kaiowá Guarani são presos, inclusive a professora Efigenia, grávida. As lideranças são da terra indígena Panambi - Lagoa Rica, aldeia Ytaí, município de Douradina". Leia esclarecedor Artigo de Egon Heck!

15 de junho de 2013

Saweh! Dilma é Vaiada no Estadio Mané Garrinha - Copa das Confederações

Massacre de indígenas é faroeste caboclo em MS

"Nunca havia assistido  à reintegração de posse sem a observância do princípio da dignidade da pessoa humana, com armamentos letais e sem o cuidado de manter a todo o momento o diálogo, para que se evite a morte de ambos os lados. O resultado foi a morte de Oziel Gabriel e a internação de Joziel Gabriel, que foi alvejado com um tiro na nuca, com risco de tetraplegia." Leia artigo de Samia Roges Jordy Barbieri em Consultor Jurídico!
http://www.conjur.com.br/2013-jun-14/samia-barbieri-massacre-indigenas-faroeste-cabloco-mato-grosso-sul
Foto Arquivo Campo Grande News

Recordar é preciso...


Imagem _ Comunidade Chamado da Terra

14 de junho de 2013

Presidente da CNA diz que CIMI incentiva índios ao conflito

Mobilização Nacional de Produtores

Mobilização nacional possivelmente reuniu assassinos impunes de indígenas. E o site 'notícias agrícolas' fez este banner com os rostos...Audácia! http://migre.me/f1raU

Polícia encontra arma que teria sido usada em assassinato de indío; suspeito é preso

Midiamax News

Por Vinícius Squinelo

A Polícia Civil encontrou uma espingarda de fabricação caseira que pode ter sido usada no assassinato do índio Celso Figueiredo, 34 anos. A informação é do delegado Rinaldo Gomes Moreira, responsável pela delegacia de Paranhos, onde ocorreu o crime.
“O calibre da espingarda é o mesmo usado calibre (28) para matar o indígena”, comentou o delegado, que passou toda a tarde desta quinta-feira (13) em diligências, e colhendo depoimentos.
O dono da espingarda, Ivonei Gabriel Vieira, 35 anos, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, e é considerado suspeito de ter assassinado o indígena. "Ouvimos ele, e há muitas contradições no que fala, ele é suspeitíssimo", afirmou Rinaldo Moreira.
Além da espingarda, foi encontrado uma blusa de Ivonei com marcas de sangue, que o suspeito afirma ser de carneiros. Ele vai permanecer preso na Delegacia de Polícia de Paranhos.
Ainda segundo o delegado, a polícia descarta o conflito por terras ter causado o homicídio.
A arma foi encontrada na casa de um empregado da Fazenda Califórnia, próximo do local onde o corpo de Celso Figueiredo foi encontrado.
Figueiredo foi morto com ao menos dois tiros, enquanto caminhava da aldeia guarani-kaiowá Paraguaçu onde vivia até uma fazenda localizada próxima aos limites entre as cidades de Paranhos e Sete Quedas, próximo à fronteira com o Paraguai.
Em entrevista à Agência Brasil, o delegado garantiu que a polícia vai investigar todas as hipóteses possíveis para esclarecer o crime. Ele não divulgou nome do suspeito do assassinato, que está sendo procurado. De acordo com o delegado, o crime ocorreu por volta das 5h30 de ontem (12).

‘Parada Rural’ reúne fazendeiros de todo o país em Nova Alvorada do Sul

Mais perdidos do que boi solto na caatinga...Leia matéria em Midiamax News!
http://www.midiamax.com.br/noticias/855947-parada+rural+reune+fazendeiros+todo+pais+nova+alvorada+sul.html 

Foto _ MN

Produtores rurais bloqueiam estradas contra demarcações de terras indígenas

Mais um suicídio praticado por jovem Guarani


Por Tania Pacheco* – Combate Racismo Ambiental com Imagem Google
As notícias ainda chegam aos poucos sobre Celso Rodrigues, assassinado por pistoleiros ontem no arredores da aldeia Paraguassú, no município de Paranhos, Mato Grosso do Sul, e outra notícia, talvez ainda mais cruel, vem se somar à sua morte, agora no Paraná.
Emerson Galeano, adolescente Guarani de 16 anos, se enforcou nesta madrugada na Tekoha Jevy, município de Guaíra. Seu pai, Teodoro, disse a pessoas próximas que estava muito preocupado com o filho, que ultimamente estava  ”apático e muito quieto”. O adolescente havia reclamado de estar sendo vítima de preconceito na escola em que estudava, em Guaíra.
Emerson Galeano nasceu em 14 de agosto de 1996. Viveu até este dia 13 de junho de 2013, quando foi encontrado morto por familiares, ao amanhecer.
Coincidentemente, talvez, ontem o prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, assinou e publicou no portal do município o Decreto 242/2013, instituindo ponto facultativo para que todos os servidores públicos municipais das diversas secretarias pudessem estar liberados amanhã, a partir das 12 horas, para participar da grande festa ruralista anunciada para esta sexta-feira (14).
Na tarde de hoje, entretanto, o Ministério Público Federal proibiu o ponto facultativo, determinando que Fabian Vendruscolo assinasse novo Decreto, anulando o de ontem e impedindo, assim, a participação dos funcionários nas comemorações durante o horário de expediente.
Seja lá como for, desde que a senadora ruralista ocupou a Tribuna do Senado, anteontem, anunciando a grande festa planejada para amanhã, já são mais dois assassinatos que podem ser contabilizados nos seus “estandartes”!
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Com informações enviadas por Manuel Caleiro para Combate Racismo Ambiental.

Enquanto jovens indígenas estudam seus direitos, governo pensa usar terra do tráfico na solução de conflito entre índios e fazendeiros

13 de junho de 2013

O Retorno do Guerreiro: sem reivindicações atendidas povo Munduruku retorna ao PA

Gilberto Carvalho é convocado pelos ruralistas para dar explicações sobre a demarcação de terras indígenas no país

Povo Tupinambá da Serra do Padeiro retoma dez fazendas no sul da Bahia

Governo omite-se no conflito com os índios. Excelente!

Guarani Kaiowá: um é assassinado em Paranhos e cinco são presos em Dourados, entre os detidos uma mulher grávida

12 de junho de 2013

Salve a Nação Kayapó!

Leia Manifesto divulgado Hoje!

Por Intituto Raoni ( institutoraoni.com.br)


Nós, 400 caciques e lideranças Mebengôkre/Kayapó, de todas as aldeias das Terras Indígenas Kayapó, Menkragnoti, Badjonkôre, Baú, Capoto/Jarinã, Xicrin do Catete, Panará e Las Casas, localizadas nos estados do Pará e Mato Grosso, com apoio dos caciques do povo Tapayuna e Juruna, também do estado Mato Grosso, juntos estivemos reunidos na Aldeia Kokraimoro-PA, margem direita do rio Xingu, entre os dias 03 a 05 de junho de 2013.
Comunicamos ao governo brasileiro e a sociedade que repudiamos os planos do Governo Federal e do Congresso para diminuir os nossos direitos tradicionais e direitos sobre nossas terras e seus recursos naturais.
A PEC 215 que transfere do poder executivo ao Congresso Nacional a aprovação de demarcação e ratificação das Terras Indígenas já homologadas é uma afronta aos nossos direitos. Dizem que as referidas demarcações seriam participativas e democráticas, mas sabemos que esta proposta é uma estratégia clara da bancada ruralista para não demarcar as Terras Indígenas e diminuir os tamanhos das nossas terras já demarcadas e homologadas.
A PORTARIA 303 expedida pela Advocacia Geral da União viola os nossos direitos sobre os territórios tradicionais que ocupamos e seus recursos naturais. Também infringe os nossos direitos de consulta livre, prévia, informada e participativa, quando o governo quer implantar empreendimentos que impactam direta e indiretamente nosso povo, nossa cultura e nosso território. Lembramos que este direito é garantido também pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo governo brasileiro.
O Projeto de Lei 1610/96 que está em tramitação no Congresso Nacional tem como proposta a autorização para entrada de empresas mineradoras em nossas terras sem respeitar nossas opiniões e decisões. Não vamos aceitar mineração em nossas Terras.
O Governo e o Congresso precisam respeitar os artigos 231 e 232 da Constituição, que garantem nossos direitos. Exigimos a anulação de todas as portarias, decretos, PL’s e PEC’s que ameaçam e prejudicam os povos indígenas. Nós queremos que a Constituição Federal, que ajudamos a construir, permaneça como está escrita desde 1988. Está escrito que o usufruto exclusivo das riquezas naturais do solo, do rio, da floresta dentro das Terras Indígenas é dos indígenas e não dos brancos.
Não aceitamos arrendamento de nossas terras pro branco encher de gado e de soja, como quer a PEC 237/13 que autoriza arrendamento de pasto em Terra Indígena para fazendeiro e empresas de agronegócio.
Não aceitamos que as forças armadas invadam nosso território sem a nossa autorização, como prevê o Decreto nº 7.957/2013. O que aconteceu com nosso parente Munduruku, assassinado pelo Estado brasileiro, é uma vergonha inaceitável que não pode se repetir nunca mais.
Nós queremos uma FUNAI fortalecida, que trabalhe do lado dos Povos Indígenas e não para os interesses do Governo, grupos políticos, das grandes empresas e dos ruralistas.
Nós Mebengôkre, caciques, lideranças, guerreiros e todas as nossas comunidades, desde o início, não aceitamos a construção de Belo Monte, nem de nenhum outro barramento no Xingu, pois enfraquece nosso povo. Podem ter certeza que não vamos parar de lutar. O Brasil tem uma dívida histórica conosco, povos indígenas, que nunca será paga. Não estamos cobrando isso, apenas queremos que nossos direitos escritos Constituição Federal de 1988 sejam respeitados. Nós somos os primeiros donos dessa terra que se chama Brasil, portanto continuaremos defendendo nossa terra, nossos povos e nossos direitos.
O Governo precisa se preocupar com a pobreza no Brasil, fazer leis para melhorar a saúde, acabar com a violência, a corrupção, com o trafico de drogas e tudo de ruim que esta prejudicando a sociedade brasileira, e deixem os indígenas viverem em paz em suas terras!
Não reconhecemos como nossos representantes a Presidenta da República Dilma Rouseff e os deputados e senadores que estão no congresso, e nem os que ocupam as comissões e subcomissões estratégicas, decidindo sobre os nossos direitos, como a subcomissão de demarcações de Terras Indígenas. A demarcação de Terras Indígenas tem de continuar como atribuição do poder Executivo.
Não estamos somente preocupamos com nós e nossas terras, mas também com os nossos parentes que ainda estão isolados. Não aceitaremos que estes sejam contatados. Se não temos representantes no Congresso, vamos mobilizar nossos parentes Kayapó e outros parentes de luta para mostrar para a sociedade nossa mensagem: não vamos aceitar a diminuição dos nossos direitos e nossas terras e vamos lutar da nossa maneira, parando estradas, ocupando canteiros de obras, acionado o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, articulando com o movimento indígena e a sociedade civil.
Imagem compartilhada do Support Chief Raoni

Aldeia Kokraimoro, 05 de junho de 2013