31 de agosto de 2014

SÉRIE - PROPOSTAS DO CACIQUE LÁDIO VERON - 5000 - PSOL - PROPOSTA 1






Por Flávio Bittencourt

Se existe um imenso e desprezado direito constitucional nesse país é o direito à terra.

Num país de proporções continentais, é um absurdo pensar que hoje, em pleno século 21, ainda se disputa com a própria vida os espaços do Brasil.

A nossa sociedade têm uma divida imensa com os povos originários, com os quilombolas, com os camponeses, ribeirinhos, caiçaras e com todas as classes que são pressionadas pelo anseio pelo acúmulo de capital dentro desse nosso sistema cruel que tenta transformar cada um de nós numa ilha de egoísmo, cada um garantindo o seu e ignorando o direito e a necessidade de seu semelhante.

A expansão do colonialismo brasileiro, pressionou todos que viviam em paz, em comunhão com o seu ambiente na natureza, extraindo dela o que era necessário para sua vivência digna.

O progresso atropelou e atropela as comunidades tradicionais, aquelas mesmas que compõem nossa cultura, nossa história, nossas origens e nossa ancestralidade brasileira. Não a dos chamados "descobridores", mas a nossa mesma, a nossa raiz indígena, negra, cabocla, mulata, cafuza, mameluca e todas as demais origens que temos que ainda não possuem terminologia.

Essas nossas raízes precisam ser preservada e a Assembléia Constituinte de 1986 reconhece esse direito, o direito à preservação das origens, culturas, valores litúrgicos e folclóricos.

É nesta luta que Ládio Veron quer entrar, ou melhor, continuar, pois ele já luta há muito tempo pelos direitos do povo de sua etnia, os Guarani-kaiowá, mas em Brasília, ele quer ampliar essa luta para todas as sociedades que são excluídas pela ganância da parte da sociedade que já cortou suas ligações com suas raízes.

É por isso que votar no Cacique Ládio Veron para Deputado Federal é iniciar um novo cenário político nacional, onde haverá um guerreiro entre os políticos lutando por quem é excluído, esquecido e ignorado, que só são lembrados quando querem o que sempre foi deles, a terra.

Vote!!!

Cacique Ládio Veron
5000
PSOL

Essa postagem foi feita também na fanpage Amazônia: Brasil Brasileiro

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https://www.facebook.com/AmazoniaBrasilBrasileiro/photos/a.519659698064991.118418.519640051400289/810806132283678/?type=1&theater

Assista o vídeo com outras propostas

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https://www.youtube.com/watch?v=gsNZD13JBwU

30 de agosto de 2014

JULIA CAVALHEIRO: MÃE DA FAIXA DE GAZA INDÍGENA

Julia Cavalheiro em reunião com indígenas, quilombolas e  MST _ Foto Assessoria
Na condenacão dos assassinos do cacique Marcos Veron/SP _ Foto
http://mac-asf.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html 

Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt
"Meu filho cacique Ládio Veron quase foi morto junto com seu pai Marcos Veron. E hoje venho falar com uma ferida na alma porque ninguém sabe o que aconteceu de crueldade com nós mulheres Kaiowá no dia 16 de outubro de 2001, no primeiro despejo, e no dia 13 de janeiro de 2003. Jamais vamos desistir e se tiver que morrer aqui na Takara vamos morrer. Aqui é o nosso tekoha!". Julia Cavalheiro


Um dos mais significantes movimentos sociais da Argentina, as “Madres de la Plaza de Mayo”  (Mães da Praça de Maio) tem no Cone Sul do Mato Grosso algo análogo: Mulheres que lutam pela terra onde seus filhos foram assassinados, pelos esposos e parentes igualmente executados pelo agronegócio e, acima de tudo, pelos futuro das novas gerações. Julia Cavalheiro, Damiana  Cavalho e todas as mães Guarani-Kaiowá estão inseridas neste contexto onde a "praça" são na verdade terras encharcadas de sangue indígena. 

Viúva do cacique Marcos Veron e uma das mães da Resistência dos povos Guarani e Kaiowá, Júlia Cavalheiro convive no dia a dia com o cerco de pistoleiros. Dois dos seus filhos são ameaçados de morte: a lideranca da Aty Guasu Valdelice Veron e o homem mais procurado pelo mesmo latifúndio que matou o seu pai - continua impune -  e também quase o matou queimado. Trata-se do cacique Ládio Veron.
Cacique Damiana _ Survival

RESISTÊNCIA

A cacique Damiana, líder do tekoha (terra sagrada)  Apykaì é uma das mães da Faixa de Gaza Indígena. Elas são inúmeras e únicas na dor e na brava Resistência que começa a avançar também no tekoha da política.

O cacique Ládio Veron, chefe indígena da aldeia Takwara, atendeu ao convite do saudoso Plínio Arruda, fundador do PSOL, e é o mais forte candidato a deputado federal pelo partido no Mato Grosso do Sul. E "Mama" o acompanha com ritos em visitas pelas aldeias com quilombolas, sem terra e todos os oprimidos.

"Meu filho cacique Ládio Veron quase foi morto junto com seu pai Marcos Veron. E hoje venho falar com uma ferida na alma porque ninguém sabe o que aconteceu de rueldade com nós mulheres Kaiowá no dia 16 de outubro de 2001, no primeiro despejo, e no dia 13 de janeiro de 2003. Jamais vamos desistir e se tiver que morrer aqui na Takara vamos morrer. Aqui é o nosso tekoha!", declarou na última Aty Guasu em abril deste ano.

Reunião com indígenas, quilombolas e trabalhadores sem terra
Em entrevista a este Blog o chefe indígena falou sobre sua candidatura. LER AQUI!


SÉRIE - PROPOSTAS DO CACIQUE LÁDIO VERON - 5000 - PSOL




Por Flávio Bittencourt

A partir de hoje lançamos série de postagens que mostram as propostas do Candidato a Deputado Federal, Cacique Ládio Veron pelo número 5000, PSOL.

Você entenderá que as suas propostas estão diretamente ligadas à necessidade do povo Kaiowá, do povo indígena, dos Quilombolas, dos camponeses e de todos os oprimidos,

Sua bandeira tem como objetivo principal a mudança dessa história triste e sangrenta do Brasil que os próprios brasileiros não conhecem.

Sua bandeira é pela paz, pela dignidade humana, pelo direito humano e pelo cumprimento da Constituição Federal.

Sua bandeira é nossa também, a bandeira de Ládio é a bandeira da paz, do amor e da solidariedade, para que os povos vivam em harmonia plena, sem mais perseguições, sem mortes, sem fome e sem confinamentos.

Não perca nenhuma postagem, leia, entenda, deixe seu comentário, participe e principalmente... espalhe pelos quatro cantos do planeta.

Ládio não é político, ele é guerreiro e é da paz, mas tem coragem suficiente para ir em Brasília e lutar por seu povo e por todos os oprimidos. Ele não vai só, ele vai com toda sua ancestralidade e com os guerreiros da paz que o apoiam.

Ládio nunca está só, os Kaiowás nunca estão só, os povos indígenas nunca estão sós, os oprimidos.... NUNCA ESTÃO SÓS!!!

Vem com a gente!!!

Para Deputado Federal, vote em Cacique Ládio Veron, 5000, PSOL

Amanhã você conhecerá uma das propostas!

Veja essa mesma postagem na fanpage Amazônia: Brasil Brasileiro no Facebook

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https://www.facebook.com/AmazoniaBrasilBrasileiro/photos/a.519659698064991.118418.519640051400289/810314215666203/?type=1&theater

Assista o vídeo com mais propostas

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https://www.youtube.com/watch?v=gsNZD13JBwU

27 de agosto de 2014

Segregação de Candidatos Indígenas: O 'SOL KAIOWÁ' VIRÁ!


Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt

A população indígena representa apenas 0,32 % das candidaturas às eleições de 2014. O sistema político brasileiro ainda é extremamente concentrado, não refLetindo a diversidade de representações étnico raciais da sociedade brasileira. E representa apenas 0,32 % das candidaturas às eleições de 2014. Apenas 85 candidatos no país são indígenas. ASSISTA AO VÍDEO ABAIXO:



VEJA AS PROPOSTAS DO CANDIDATO CACIQUE LÁDIO VERON AQUI!

Atualizada

24 de agosto de 2014

Reserva Te`yíkue: Conselho da Aty Guasu reúne em apoio ao candidato Cacique Ládio Veron


"Eu hoje venho me colocar perante vocês para que possamos fazer valer cada gota de sangue derramado de nossos caciques que tombaram na luta pela vida". 
Cacique Ládio Veron




Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt

Caciques, líderes, anciões, guerreiros, professores e jovens participaram, ontem, do Conselho da Aty Guasu na reserva Te`yíkue em apoio à candidatura do cacique Ládio Veron. O líder Guarani-Kaiowá concorre a uma vaga na Câmara Federal (PSOL)

Doutor em Antropologia e porta voz da Aty Guasu, Tonico Benites considerou as propostas do candidato como sendo "soluções possíveis para os problemas sociais da classe explorada incluindo indígenas, afrodescendentes, quilombolas, sem terra, sem teto, sem renda e brasileiros acadêmicos cotistas".

Tonico Benites também disse que "além disso, o sociólogo e líder indígena Ládio pretende buscar diversas formas de recuperar a posse das terras indígenas. Uma das propostas será garantir de fato pagamento/indenização merecida às pessoas de boa fé que seja de forma célere", avaliou em sua página em uma Rede Social. Ele ressaltou que várias propostas serão viáveis no Mato Grosso do Sul e Brasil, resolvendo demandas de indígenas e não índios naquele estado.

Candidato

"Eu hoje venho me colocar perante vocês para que possamos fazer valer cada gota de sangue derramado de nossos caciques que tombaram na luta pela vida".
Com estas palavras e visivelmente emocionado, o candidato Guarani-Kaiowá lembrou das lideranças assassinadas. "Muitos dos antigos que eram para estar aqui ao meu lado foram assassinados. Ele também recordou o  pai assassinado em 2003. "Vocês sabem que o meu pai cacique Marcos Veron lutou até o último suspiro por todos", lembrou, agradecendo o apoio.

Presente no Conselho da Aty, o cacique Hipólito ressaltou que o chefe indígena Ládio Veron vivencia o sofrimento do seu povo: "O nosso cacique Ládio Veron sabe o que é o sofrimento, sabe o que é ser jogado na beira da estrada e o que é ser humilhado por latifundiário".Veja algumas das propostas do candidato AQUI!

Fotos _ Assessoria

22 de agosto de 2014

PLANTANDO SEMENTES EM TERRAS FÉRTEIS




O candidato eleito pela Aty Guasu para representar seu povo na disputa a uma vaga para a Câmaral Federal, cacique Ládio Veron (PSOL) tem sido recebido pelos parentes indígenas do Mato Grosso do Sul numa peregrinacão por onde conhece e mais defende: as aldeias.


Com santinhos na mão, o povo mais massacrado pelos últimos governos escuta atentos as propostas do líder da Resistência e chefe indígena da aldeia Takwara.

E a chama da esperança, e pelo Eco da Dignidade no tekoha da política, está acesa...VIRÁ!



Assista novo vídeo que mostra a peregrinação do Cacique Ládio Veron pelas aldeias para expor suas propostas AQUI!



21 de agosto de 2014

Candidato Cacique Ládio Veron: Semeando com seu povo


Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt
Fotos _ Natanael Caceres


O candidato eleito pela Aty Guasu para representar o povo Guarani-Kaiowá na disputa a uma vaga para a Câmaral Federal, cacique Ládio Veron, tem feito uma peregrinação no Mato Grosso do Sul, onde o líder da Resistência conhece e defende como ninguém os direitos das comunidades: nas aldeias.

Com santinhos na mão, o povo mais massacrado pelos últimos governos escuta atento as propostas do chefe indígena da aldeia Takwara, cuja candidatura pelo PSOL vem sendo sonegada pela mída e até por sites alternativos.

A candidatura de LádioVeron é mais do que um fato, é emblemática, histórica.Trata-se da coragem de um dos onze lídereres ameaçados de morte pela defesa dos Direitos Humanos (ver https://www.youtube.com/watch?v=CdCmXszR16E).E, se eleito, do segundo indígena a sentar na Câmara Federal em 125 anos de República. Somente Mário Juruna foi deputado federal pelo PDT.
E a chama da esperança pelo Eco da Dignidade no tekoha da política está acesa, muito embora, repito, ainda na escuridão da grande mídia.Há quem não entenda que a Resistência caminha rumo ao Congresso Nacional para combater o genocídio legislativo, em Brasília.

Mas também existem anotadres - não são jornalistas - que no final de de matéria ignorantemente coloca a sua candidatura como bizarra, em um desrespeito à democracia e aos povos indígenas. Cacique não é profissão, mas tradicão.
V I RÁ!

20 de agosto de 2014

CANDIDATURA DO CACIQUE LÁDIO VERON NA "SETA" DA INSURGÊNCIA

Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt

Militantes da Insurgência, a corrente do PSOL que tem como bandeira o ecossocialismo, estão fortemente engajados na campanha do chefe indígena Ládio Veron que cresce a cada dia no Mato Grosso do Sul.
O cacique disse em entrevista a este Blog ter escolhido a legenda porque se propõe a defender os oprimidos. Em suas propostas, a Insurgência defende o ecossocialismo, o debate indígena, agrário, pelas preservacão do meio ambiente e contra usinas nucleares, dentre outras.

"A Insurgência sustenta as lutas dos povos indígenas e de comunidades singulares, como populações que trabalham a partir de formas de propriedade comum da terra, quilombolas, caiçaras, ribeirinhas etc. pelo controle de seus territórios e de suas riquezas e pelo reconhecimento de sua identidade e de sua cultura", conforme consta em seu Manifesto, onde está ressaltada a valorizacão do protagonismo em lutas  contra o “Neodesenvolvimento”. Modelo este que impulsiona o agronegócio e  extrativismo mineral, além dos megaprojetos de infraestrutura que contemplam apenas pequenas elites e o capitalismo global.
Confira abaixo Entrevista concedida por E-mail a este Blog:







O cacique Ládio Veron,  chefe indígena da Aldeia Takwara, localizada no município de Juti (MS),  vai disputar uma vaga no Congresso Nacional. Depois de Mário Juruna, eleito pelo PDT na década de 80 (1983-1987 e responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio), se tomar assento na Câmara Federal  será o segundo parlamentar indígena do Brasil em 125 anos de República. Amazônia Legal em Foco  fez a seguinte entrevista via e-mail:

ALF: O senhor é  um dos líderes da Resistência Guarani-Kaiowá que luta pela vida de etnias vitimadas pela inércia da demarcação e expansão do Agrogenócio em seu estado. Como será a sua plataforma política?

Cacique Ládio Veron: A minha plataforma brota da terra, dos anseios pela terra e clama por condições sustentáveis para nela viver. As flechas do meu povo atingirão as urnas para demarcar a vontade de transformar a sociedade,  acabando com a opressão que nós - povos da terra - sofremos há décadas . Há um genocídio legislativo no Congresso Nacional, onde a maioria dos deputados federais  defende  interesses do atual modelo neodesenvolvimentista brasileiro sustentado pelo agronegócio. A bancada ruralista negligencia os direitos dos povos indígenas, quilombolas e camponeses. Devemos retomar nossos direitos e para isto temos um programa denso  nas áreas de Educação, Saúde, Justiça, Direito da Criança, Direitos Humanos e Meio Ambiente para demarcar as demandas dos indígenas e da sociedade, em especial os oprimidos.

ALF: Um guerreiro em meio a poderosos inimigos representados pela maior bancada: a dos Ruralistas. Em caso de eleito, o senhor se sente preparado para o que o espera?

Cacique Ládio Veron: A minha candidatura não foi um decisão isolada. Depois do convite que me foi feito pelo saudoso Plínio Arruda houve a decisão do meu povo. Nós somos esta candidatura que representa um passo da luta pela existência. Sinto-me preparado para lutar em defesa do Direito Indígena, fazendo uso da diplomacia  e a força do guerreiro, legados do meu pai cacique Marcos Veron, assassinado na luta pela terra, em 2003, pelos mesmos que nos oprimem: o latifúndio. E quem viu a morte do pai e quase foi queimado pelos opressores está, sim, preparado. Eles não mataram apenas o meu pai e 237 lideranças indígenas em uma década. Eles mataram também o nosso medo! Chegou a hora de lutarmos pelos nossos direitos em condições de igualdade, na nascente da Lei, que hoje é uma grande preocupaçao nossa.

ALF: O nome Ládio Veron tem hoje uma projeção estadual, nacional e até no exterior devido ao genocídio em curso no MS. O senhor acredita que esse reconhecimento o levará ao Congresso Nacional?

Cacique Ládio Veron: Eu acredito que as sete etnias do Mato Grosso do Sul, incluindo a minha Guarani-Kaiowá, estão em primeiro lugar. Somos a segunda maior populacão indígena do país com 73.295 indígenas, segundo o censo demografico do IBGE. Deste total 43.401 são da minha - Guarani-Kaiowá -, segundo o ultimo censo. Mas é claro que o aceno de amigos de todos os cantos do país e exterior em muito nos ajudará. Muito emboras eles não votem em meu estado, muitos possuem parentes e amigos que aqui residem e estão pedindo para que votem em nossa candidatura.

ALF: Antes de ser candidato o senhor é um homem ameaçado de morte.Como pretende driblar seus inimigos – agronegócio -  sobretudo em exposições, tais como comícios?

Cacique Ládio Veron: A campanha me transforma naturalmente em um alvo móvel. Mas também tenho como driblar. Um exemplo disso é que decidimos usar estratégias, das quais só posso revelar uma: decidimos não mais divulgar a minha agenda. Os que querem a minha cabeça  são inteligentes, pois um atentado contra mim neste momento seria um tiro no pé. A imprensa nacional e internacional viria ao Mato Grosso do Sul e o culpado seria facilmente identificado.

ALF:  O senhor também tem em seu projeto ações voltadas para o Meio Ambiente, além de minorias como ribeirinhos e quilombolas?


Cacique Ládio Veron: Os povos originários historicamente são os maiores ambientalistas. Temos sim! Lutar pela proibição da aplicação de agrotóxicos em áreas indígenas, quilombolas e camponesas, fortalecer as iniciativas da sociedade civil contrárias ao uso de agrotóxicos que contamina as águas, os solos, animais e humanos e o fim dos incentivos fiscais às empresas do agronegócio são algumas das nosssas propostas.

ALF: A sua candidatura naturalmente tem como base o estado do Mato Grosso do Sul. O senhor vai viajar pelo Brasil?

Cacique Ládio Veron: Levar a brutal realidade do nosso povo e defender o eco da dignidade pelo país faz parte do caminho pela existência do nosso  povo. Até as eleições a prioridade é ficar no estado, mas havendo convites estou disposto e viajarei sim.

ALF: Além de Chefe Indígena o senhor é uma das lideranças da Grande Assembléia dos Povos Indígenas Kaiowá e Guarani do Mato Grosso do Sul. A sua candidatura teve o aval da Aty Guasu?

Cacique Ládio Veron: Teve sim porque todas as decisões do nosso povo passam necessariamente pela Aty Guasu. a forma própria de organização com seus saberes e jeito de ser e sobreviver.

ALF: O que representa a sua candidatura para os líderes espirituais (xamãs)?

Cacique Ládio Veron: Uma missão. Os lideres espirituais acreditam que se sobrevivi à tortura, a humilhação de ser arrancado da minha terra indigena e fui jogado na beira de rodovia junto com meu povo é porque tenho uma missão a cumprir.  É assim que as nossas lideranças veem a nossa candidatura.

ALF: Por que optou pelo PSOL?

Cacique Ládio Veron:O Partido Socilismo e Liberdade tem em seu estatuto  objetivos que defendem solidariedade às lutas dos trabalhadores  com vistas a construção de uma sociedade justa, igualitária. E inclue as lutas das minorias, nações e povos oprimidos.

ALF: Para finalizar, qual a mensagem o senhor deixa para o eleitorado?

Cacique Ládio Veron: O nosso voto demarcará a vontade de transformar a sociedade, acabar com a opressão que nós - povos da terra - sofremos e, sobretudo, nas últimas décadas . É hora de indígena representar indígena. Chegou o momento da nossa autonomia, de rompermos com essa velha política proposta há anos. É hora das minorias se unirem no enfretamento da mão que legisla em interesses próprios e segregadores.Veja algumas das propostas do Programa Político AQUI!


Fotos _  Coordenadoria  de Marketing e Insurgência (Banner)


18 de agosto de 2014

O ECO DA DIGNIDADE INDÍGENA NO CONGRESSO NACIONAL

Em palestra com alunos da Rede Pública de Ensino _  Foto Márcia Silva
Por Tereza Amaral


O cenário político brasileiro passa por um momento histórico, muito embora sonegado pela grande mídia e inúmeros blogueiros. Indígenas de etnias do país (são 305) estão com candidaturas consolidadas rumo ao Congresso Nacional. Exemplo disso é a do chefe indígena Guarani-Kaiowá Ládio Veron pelo PSOL.
E a retaliação vem anunciada pela CNA. O que a senadora ruralista Kátia Abreu e a bancada do Agronegócio com aliados não sabem - será?- é que o Eco da Dignidade Indígena será ouvido dentro da Câmara Federal e não mais apenas em reuniões com comissões, mas por representantes legítimos.
Pelo menos se depender dos povos do Mato Grosso do Sul haverá uma luta pelo direito indígena pacífica, legitimada pelo voto e em condições de igualdade para também impedir o genocídio legislativo em curso.
A candidatura do cacique Ládio Veron, a quem integro a equipe como Coordenadora de Marketing Político VIRÁ!
E pelo trabalho acima mencionado informo ao meus caros leitores que, a partir desta data, me distancio deste Blog até o resultado da eleicões de outubro, deixando
o colega Flávio Bittencourt - também integra a Coordenadoria de Marketing - que assume Amazônia Legal em Foco. Até a Vitória!

17 de agosto de 2014

FATO EM FOTO

Foto _ Assessoria de Comunicação


Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt


Um fato histórico. Mesmo ameaçado de morte pelo agronegócio, o chefe indígena Ládio Veron percorre no caminho de uma nova Resistência: junto com seu povo e tendo sua candidatura consolidada com o aval da Aty Guasu ( Grande Assembleia dos Povos Kaiowá e Guarani) segue rumo ao Congresso Nacional.

Filho do cacique Marcos Veron, barbaramente assassinado por latifundiários impunes (2003), Ládio Veron é um dos líderes da Resistência Guarani-Kaiowá. O candidato a deputado federal pelo PSOL gravou, neste final de semana, o guia eleitoral que chegará nas casas dos matogrossenses do Cone Sul na próxima terça-feira.

Momento em que terá a oportunidade de levar ao eleitorado daquele estado, sobretudo aos não indígenas, o Eco da Dignidade de um povo que precisa da demarcação dos seus territórios tradicionais (tekoha) e que clama por Justiça. A sua destemida candidatura representa a defesa do  Direito Indígena, dos povos da terra - camponeses - e oprimidos de um modo geral.

Ainda sem as lentes da grande mídia - até quando? - mas  amplamente divulgada nas redes sociais, Blog Amazônia Legal em Foco e pelo site  Índio Cidadão -,  a disputa por uma vaga à Câmara Federal é também para combater o genocídio legislativo em curso. O líder Guarani-Kaiowá carrega consigo a responsabilidade da segunda maior população indígena do país e de 304 etnias brasileiras. VIRÁ!




Veja AQUI as propostas do Cacique Ládio Veron!

16 de agosto de 2014

Chefe Indígena Candidato a Deputado Federal no MS

Darcy Ribeiro com Mário Juruna _ Antônio Brito
Texto e Edição _ Tereza Amaral


O cacique Ládio Veron,  chefe indígena da Aldeia Takwara, localizada no município de Juti (MS),  vai disputar uma vaga no Congresso Nacional. Depois de Mário Juruna, eleito pelo PDT na década de 80 (1983-1987 e responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio), se tomar assento na Câmara Federal  será o segundo parlamentar indígena do Brasil em 125 anos de República. Amazônia Legal em Foco  fez a seguinte entrevista via e-mail:

ALF: O senhor é  um dos líderes da Resistência Guarani-Kaiowá que luta pela vida de etnias vitimadas pela inércia da demarcação e expansão do Agrogenócio em seu estado. Como será a sua plataforma política?

Cacique Ládio Veron: A minha plataforma brota da terra, dos anseios pela terra e clama por condições sustentáveis para nela viver. As flechas do meu povo atingirão as urnas para demarcar a vontade de transformar a sociedade,  acabando com a opressão que nós - povos da terra - sofremos há décadas . Há um genocídio legislativo no Congresso Nacional, onde a maioria dos deputados federais  defende  interesses do atual modelo neodesenvolvimentista brasileiro sustentado pelo agronegócio. A bancada ruralista negligencia os direitos dos povos indígenas, quilombolas e camponeses. Devemos retomar nossos direitos e para isto temos um programa denso  nas áreas de Educação, Saúde, Justiça, Direito da Criança, Direitos Humanos e Meio Ambiente para demarcar as demandas dos indígenas e da sociedade, em especial os oprimidos.

ALF: Um guerreiro em meio a poderosos inimigos representados pela maior bancada: a dos Ruralistas. Em caso de eleito, o senhor se sente preparado para o que o espera?

Cacique Ládio Veron: A minha candidatura não foi um decisão isolada. Depois do convite que me foi feito pelo saudoso Plínio Arruda houve a decisão do meu povo. Nós somos esta candidatura que representa um passo da luta pela existência. Sinto-me preparado para lutar em defesa do Direito Indígena, fazendo uso da diplomacia  e a força do guerreiro, legados do meu pai cacique Marcos Veron, assassinado na luta pela terra, em 2003, pelos mesmos que nos oprimem: o latifúndio. E quem viu a morte do pai e quase foi queimado pelos opressores está, sim, preparado. Eles não mataram apenas o meu pai e 237 lideranças indígenas em uma década. Eles mataram também o nosso medo! Chegou a hora de lutarmos pelos nossos direitos em condições de igualdade, na nascente da Lei, que hoje é uma grande preocupaçao nossa.

ALF: O nome Ládio Veron tem hoje uma projeção estadual, nacional e até no exterior devido ao genocídio em curso no MS. O senhor acredita que esse reconhecimento o levará ao Congresso Nacional?

Cacique Ládio Veron: Eu acredito que as sete etnias do Mato Grosso do Sul, incluindo a minha Guarani-Kaiowá, estão em primeiro lugar. Somos a segunda maior populacão indígena do país com 73.295 indígenas, segundo o censo demografico do IBGE. Deste total 43.401 são da minha - Guarani-Kaiowá -, segundo o ultimo censo. Mas é claro que o aceno de amigos de todos os cantos do país e exterior em muito nos ajudará. Muito emboras eles não votem em meu estado, muitos possuem parentes e amigos que aqui residem e estão pedindo para que votem em nossa candidatura.

ALF: Antes de ser candidato o senhor é um homem ameaçado de morte.Como pretende driblar seus inimigos – agronegócio -  sobretudo em exposições, tais como comícios?

Cacique Ládio Veron: A campanha me transforma naturalmente em um alvo móvel. Mas também tenho como driblar. Um exemplo disso é que decidimos usar estratégias, das quais só posso revelar uma: decidimos não mais divulgar a minha agenda. Os que querem a minha cabeça  são inteligentes, pois um atentado contra mim neste momento seria um tiro no pé. A imprensa nacional e internacional viria ao Mato Grosso do Sul e o culpado seria facilmente identificado.

ALF:  O senhor também tem em seu projeto ações voltadas para o Meio Ambiente, além de minorias como ribeirinhos e quilombolas?

Cacique Ládio Veron: Os povos originários historicamente são os maiores ambientalistas. Temos sim! Lutar pela proibição da aplicação de agrotóxicos em áreas indígenas, quilombolas e camponesas, fortalecer as iniciativas da sociedade civil contrárias ao uso de agrotóxicos que contamina as águas, os solos, animais e humanos e o fim dos incentivos fiscais às empresas do agronegócio são algumas das nosssas propostas.

ALF: A sua candidatura naturalmente tem como base o estado do Mato Grosso do Sul. O senhor vai viajar pelo Brasil?

Cacique Ládio Veron: Levar a brutal realidade do nosso povo e defender o eco da dignidade pelo país faz parte do caminho pela existência do nosso  povo. Até as eleições a prioridade é ficar no estado, mas havendo convites estou disposto e viajarei sim.

ALF: Além de Chefe Indígena o senhor é uma das lideranças da Grande Assembléia dos Povos Indígenas Kaiowá e Guarani do Mato Grosso do Sul. A sua candidatura teve o aval da Aty Guasu?

Cacique Ládio Veron: Teve sim porque todas as decisões do nosso povo passam necessariamente pela Aty Guasu. a forma própria de organização com seus saberes e jeito de ser e sobreviver.

ALF: O que representa a sua candidatura para os líderes espirituais (xamãs)?

Cacique Ládio Veron: Uma missão. Os lideres espirituais acreditam que se sobrevivi à tortura, a humilhação de ser arrancado da minha terra indigena e fui jogado na beira de rodovia junto com meu povo é porque tenho uma missão a cumprir.  É assim que as nossas lideranças veem a nossa candidatura.

ALF: Por que optou pelo PSOL?

Cacique Ládio Veron:O Partido Socilismo e Liberdade tem em seu estatuto  objetivos que defendem solidariedade às lutas dos trabalhadores  com vistas a construção de uma sociedade justa, igualitária. E inclue as lutas das minorias, nações e povos oprimidos.

ALF: Para finalizar, qual a mensagem o senhor deixa para o eleitorado?

Cacique Ládio Veron: O nosso voto demarcará a vontade de transformar a sociedade, acabar com a opressão que nós - povos da terra - sofremos e, sobretudo, nas últimas décadas . É hora de indígena representar indígena. Chegou o momento da nossa autonomia, de rompermos com essa velha política proposta há anos. É hora das minorias se unirem no enfretamento da mão que legisla em interesses próprios e segregadores.Veja algumas das propostas do Programa Político AQUI!


Fotos _ Assessoria de Imprensa/Arquivo Pessoal