15 de outubro de 2013

As Pegadas do BNDES na Amazônia



Parceria entre Agência Pública e O Eco vai mapear o aumento dos investimentos do BNDES em projetos de infraestrutura na região. Obras financiadas pelo banco são acusadas de disfarçar impactos ao meio ambiente, populações indígenas e trabalhadores.

Em uma das onze aldeias dos índios Arara do Rio Branco no noroeste do Mato Grosso, Anita Vela Arara, a mais velha da sua comunidade (tem 89 anos), está inconsolável. É que a “tia Nita”, como é conhecida, assistiu à construção de um gigante de concreto sobre o cemitério tradicional da aldeia, onde estavam alguns de seus familiares. Entre eles, sua mãe e sua avó. Segundo Audecir Rodrigues Vela Arara, um dos líderes indígenas e presidente do Instituto Maiwu, sua tia sabe quem é o culpado: a hidrelétrica de Dardanelos, obra de cerca de R$ 745 milhões, mais da metade desse valor financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Uma das primeiras menina-dos-olhos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a usina foi construída entre 2007 e 2011 no rio Aripuanã, tirando proveito do potencial hidrelétrico da área do Salto de Dardanelos, um complexo de cachoeiras com mais de 150 metros de quedas d’água que são o cartão-postal do município de Aripuanã. Há diversas espécies que só foram encontradas no local, como o peixe-chinelão, catalogado em 2011. Os estudos de impacto da hidrelétrica identificaram 316 espécies de aves, 133 de peixes, 50 de anfíbios e 67 de répteis que vivem na área afetada diretamente por Dardanelos. Além disso, os Arara do Rio Branco, grupo de cerca de 200 indígenas segundo dados da Funasa, resistem na região, isto depois de quase terem sido dizimados nas décadas de 1950 e 1960 devido a epidemias de gripe e varicela, resultado do desastroso contato com seringueiros, ou por conflitos com grileiros partir da década de 1970.
Audecir Arara ainda se lembra da primeira Audiência Pública de esclarecimento sobre os estudos de impacto ambiental de Dardanelos, em agosto de 2005. “A empresa trouxe a proposta de construção da usina e disse que não teria muito impacto, mas isso era a estratégia para as pessoas concordarem com a obra. O município aceitou porque seria beneficiado e os únicos que foram contra eram as comunidades indígenas, que seriam as mais afetadas”. A Terra Indígena Arara do Rio Branco, com 114 mil hectares, foi considerada Área de Influência Indireta (AII) por não estar localizada diretamente na área da hidrelétrica. Na área de Aripuanã, há ainda mais três Terras Indígenas reconhecidas, a TI Aripuanã, a TI Parque Aripuanã e a TI Zoró. De acordo com a Coordenação Geral de Identificação e Delimitação da Funai, há outras áreas reivindicadas no município. Leia Mais em A Publica!http://www.apublica.org/2013/10/investimentos-bndes-em-infraestrutura-na-amazonia-caso-da-hidreletrica-de-dardanelos/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+apublica%2FnlAs+(P%C3%BAblica)

Um comentário:

  1. Empoderamiento de las Poblaciones Indígenas
    Firma esta petición
     para la creación de los Pueblos Indígenas Nacionales .
    La evidencia del genocidio son indiscutibles , se recogen y acusación de que entre 1957 y 1968 unos 100 mil indígenas fueron asesinados por los mineros extranjeros 20 volúmenes de pruebas . Los que no resisten la ocupación , había salvado la vida y nos llevaron a Crenaque en MG donde había un enorme campo de concentración donde miles más mueren de hambre y malos tratos .
    El informe Figueiredo , encargado en 1967 por el Ministro del Interior , había provocado un escándalo internacional después de la revelación de los crímenes cometidos contra los indios en manos de poderosos terratenientes y el gobierno del Servicio de Protección a los Indios ( SPI ) . ( ... )
    En 7.000 páginas del documento , el fiscal general Jader Figueiredo Correia muestra el asesinato en masa , la tortura , la esclavitud , la guerra bacteriológica , el abuso sexual, a la expropiación de las tierras donde los indígenas fueron víctimas de estas atrocidades Brasil.Seguindo , algunas personas desaparecieron y muchos otros fueron diezmados . ( ... )
    Uno de los más terribles de este informe es la "Masacre del paralelo 11 en un avión ligero dinamita largua en el pueblo de indios Cinta Larga Treinta personas murieron - . Sólo dos sobrevivieron y pudieron presenciar .
    Otros ejemplos se refieren a la intoxicación de cientos de indios mezclado con arsénico o tortura métodos utilizados contra el azúcar de la India , por lo que estaba aplastando lentamente los tobillos de las víctimas de un instrumento conocido como el "tronco" . ( ... )
    Tras este informe , Brasil puso en marcha un equipo de investigación criminal y 134 fueron condenados a más de mil crímenes. Treinta y ocho de ellos fueron despedidos , pero nadie fue condenado a prisión por estas atrocidades .
    Después, el SPI fue disuelto y reemplazado por la FUNAI , la Fundación Nacional del Indio ( ... ) .
    http://www.avaaz.org/po/petition/Secretaria_Nacional_dos_Povos_Indigenas/?fgsJs
    Por favor, vea el video
    http://youtu.be/b67BsXvZHuM ,

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