19 de fevereiro de 2014

Apyka'i na contagem regressiva para injusta reintegração de posse

Cópia da liminar nas mãos do filho da cacique Damiana
Xamã, lideranças e o filho de Damiana no cemitério da ancestralidade
Cacique Damiana ao lado da
 liderança Valdelice Veron no último

 incêndio na Apyka'i _ Foto Arquivo

Por Tereza Amaral

Faltam apenas quatro dias para acabar o prazo dado pela Justiça Federal de São Paulo (TRF3,SP), e com uso de força policial, para expulsar a cacique Damiana e o seu povo da terra sagrada Apyka'y (tekoha). 


Em quase um mês, até o momento o governo federal, através do ministro Gilberto Carvalho ( Secretaria-Geral da Presidência da República), Eduardo Cardoso (Justiça) e nem a Funai emitiram uma única nota sobre a comunidade que poderá ser palco de mais uma tragédia.

Se pelo lado do Estado o silêncio 'grita', em vídeos (Ver http://migre.me/hXpeC ), informativos, comunicados à sociedade nacional e internacional os indígenas Guarani-Kaiowá reafirmam posicionamentos de que não sairão da área de litígio. Ler AQUI!

Enquanto isso, o doublê de engenheiro agrônomo, presidente da Frente Parlamentar Agropecuária e deputado federal Luis Carlos Heinzi, do PP/RS, em reunião em um dos 'bunkers' do agronegócio, no Rio Grande do Sul, defende "Brigada Militar" - grupo paramilitar de pistoleiros - e chama índios, gays e quilombolas de "tudo que não presta". Leia sobre o parlamentar que defende o modelo do Pará - bárbaros assassinatos, dentre eles do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo e da missionária Dorothy Stang AQUI!

E, paralelamente, o ministro Cardoso usa de holofotes midiáticos para dizer o que todos já previam: O governo não vai demarcar a terra indígena Tupinambá de Olivença, na Bahia. Mas uma coisa, ao que parece, o ministro e ruralistas parecem não saber: Se um indígena Guarani-Kaiowá for morto nessa reintegração de posse na Apyka'i , e vale ressaltar que ilegítima porque trata-se de liminar 'caduca' de 2009  revalidada - o país se tornará em manifestações de protestos muito possivelmente em um grande 'TEKOHA'

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