16 de janeiro de 2014

Grupo de pesquisa da UNIR elabora relatório sobre conflitos em Humaitá

A ideia é elaborar um relatório completo e propor sugestões que serão encaminhadas aos órgãos federais competentes. 


Segundo Vinícius Miguel, chefe do Departamento de Ciências Sociais, existem medidas imediatas que serão tomadas como o encaminhamento de uma suposta listagem de lideranças indígenas ameaçadas de mortes às autoridades públicas.


No último dia sete de janeiro, uma equipe da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), esteve na região de Humaitá onde uma onda de violência se instalou após indígenas serem culpados pelo desaparecimento de três homens durante travessia da reserva indígena Tenharim, no trecho da BR-230, entre Humaitá e Apuí (AM) no mês de dezembro.



Denominada Missão Tenharim, o grupo, formado por três professores do Departamento de Ciências Social e uma acadêmica do mesmo curso esteve nas aldeias reunido com lideranças indígenas para levantamento e pesquisa da atual situação na localidade após os conflitos.


De acordo com o grupo, a ideia é elaborar um relatório completo e propor sugestões que serão encaminhadas aos órgãos federais competentes. Segundo Vinícius Miguel, chefe do Departamento de Ciências Sociais, existem medidas imediatas que serão tomadas como o encaminhamento de uma suposta listagem de lideranças indígenas ameaçadas de mortes às autoridades públicas.
“Dentre outros aspectos a pauta também prevê a construção de práticas de etnodesenvolvimento assim como de desenvolvimento sustentável para aquela população urbana envolvente, em Apuí e Humaitá, uma vez que o modelo atual de exploração do território entra em conflito com a existência de terras indígenas e unidades de conservação. Outra pauta a ser discutida é a reivindicação de alguns indígenas que estudavam na Universidade Estadual do Amazonas ou na Federal do Amazonas, de pedem para serem transferidos para a UNIR”, detalhou.


Questionado sobre fatos novos que possam esclarecer o desaparecimento dos três civis, Vinicius Miguel informou que o conflito entre brancos e indígenas na região, antes de mais nada é socioambiental, identitário e territorial.


“Esse conflito é muito mais do que um alegado ao assassinato de uma liderança indígena, no caso o senhor Ivan Tenharim, ou no caso das três pessoas que desapareceram. Porém, o que pudemos perceber lá é que investigações estão sendo feitas para o esclarecimento destes casos”, finalizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário