22 de agosto de 2013

A humanização das nossas etnias só será possível com políticos indígenas


Por Tereza Amaral


Com tantas lideranças e reconhecidas internacionalmente, como os caciques Raoni Metuktire e Dadi Yanomami, na história política brasileira apenas um indígena sentou na Câmara dos Deputados:  O  cacique Xavante Mário Juruna. Ele saiu da aldeia xavante Namunkurá, do Mato Grosso, e sentou onde hoje estão  'pesticidas'.
O filho do chefe da aldeia Apoenã, que viveu sem contato com o a civilização até os 17 anos quando sucedeu seu pai na liderança, ficou famoso, na década de 70, ao percorrer os gabinetes da Funai, em Brasília, já lutando pela demarcação de terras indígenas.
Sempre portando um gravador "para registrar tudo o que o branco diz", com vistas à constatação do descumprimento da palavra, foi eleito deputado federal pelo Partido Democrático Trabalhista (1983-1987/RJ).
Juruna foi responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio no Congresso Nacional do Brasil, levando a questão indígena ao reconhecimento formal.
Mesmo não tendo conseguido reeleger-se em 1986, ele continuou ativo na política por vários anos até morrer de diabetes, em 2002. E de Lá pra cá nenhuma liderança tomou assento no Congresso Nacional. Enquanto isso, assistimos evangélicos e ruralistas - baixo e alto cleros- esmagando os povos originários com manobras articuladas no sentido de retirar todos os direitos assegurados pela CF e convenção internacional.
Já passa da hora do povo e, sobretudo, os índios entenderem que é preciso reverter esse quadro. E para isso temos O PNA (Partido das Nações Ameríndias). Há um grupo, procure se informar, pois o futuro dos povos originários depende da conscientização de todos nós ( Ver Link https://www.facebook.com/groups/507461435956406/)
Foto Arquivo _ Google


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