31 de agosto de 2015

Anistia Internacional repudia assassinato de líder indígena no Mato Grosso do Sul e pede urgência na investigação

Guarani Kaiowá, 2009. | ©Amnesty International


Anistia Internaciona Brasil

A Anistia Internacional manifesta sua preocupação com o agravamento da violência contra o povo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul. No dia 29 de agosto de 2015, um ataque às terras Ñanderú Marangatú no município de Antonio João, deixou mulheres e crianças feridas e o indígena Simião Vilhalva morto.
Ñanderú Marangatú é uma terra indígena tradicional Guarani e Kaiowá demarcada e homologada desde 2005. Entretanto, a suspensão dos efeitos da homologação, seguido por uma ordem de despejo, retirou os indígenas de suas terras. Cerca de 10 anos após a decisão, os indígenas decidiram retomar suas terras ocupadas por fazendeiros locais há uma semana.
De acordo com dados do CIMI – Conselho Indigenista Missionário, o Mato Grosso do Sul é o estado que vem liderando o ranking de violências contra as populações indígenas nos últimos anos. Em junho de 2015, homens armados atacaram uma comunidade Guarani Kaiowá, deixando duas crianças desaparecidas. Além do ataque no sábado (29), há denúncias da presença de fazendeiros e pistoleiros em áreas da Ñanderú Marangatú neste domingo (30).
A Anistia Internacional se soma a organizações no Mato Grosso do Sul e aos demais povos indígenas que se encontram mobilizados, não só no Estado, para apelar às autoridades que tomem iniciativas pela suspensão imediata da violência contra os Guarani-Kaiowá e pela investigação célere e independente do caso.
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