26 de novembro de 2014

Tiros e focos de cilibrim aterrorizam noite em Kurusu Amba

Por Tereza Amaral


Líder Elizeu Lopes recentemente na Europa*
"Não sabemos ainda qual o objetivo deles, se é nos intimidar ou atacar". A reflexão no início da manhã desta quarta-feira é do cacique Elizeu Lopes, um dos líderes da Kurusu Amba, sobre a ostensiva ação de pistoleiros cercando a comunidade.
Segundo ele,  ontem à noite tiros foram disparados no entorno do acampamento focado por mais de dez faróis de cilibrim. As crianças - muitas - são as mais atingidas com o desumano cerco e choram aterrorizadas.
O cerco de pistoleiros acontece desde domingo passado. Em acordo intermediado pelo Ministério Público Federal envolvendo fazendeiros e indígenas havia sido concedido um prazo de dez dias para retirada da Casa de Reza. O acordo foi desfeito com ataques.
A Resistência reafirma que não vai recuar e, a cada dia, mais líderes indígenas Guarani-Kaiowá se deslocam para a comunidade. "Mesmo que tranquem as estradas vicinais vamos nos unir ao nosso povo", prometeu uma liderança.
Se por um lado o clima é de risco iminente de mais uma tragédia, do outro as autoridades competentes do governo Dilma Rousseff e do Poder Judiciário se embrenham pela estrada da omissão.
A grave situação dos povos Guarani-Kaiowá piorou ainda mais desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela invalidação dos tekoha em detrimento do desumano Marco Temporal.
E na falta de adoção de uma medida presidencial para resolver o conflito no Mato Grosso do Sul, em caráter de urgência, somente cortes internacionais poderão salvar os indígenas do genocídio em curso.

* Ler matéria da Jornalista italiana Marta Gatti AQUI!

Google Tradutor AQUI!

3 comentários:

  1. Certa vez comentando sobre um post de que indios estavam sendo mortos por fazendeiros gananciosos, recebi como resposta de que eu estaria "assistindo muito filme de faroeste americano".......

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    1. Cara Hortenila Marchetto,

      A resposta que recebeste certamente é de alguém ligado ao agronegócio. É fato que assistimos na história contemporânea do Brasil a um massacre aos direitos indígenas, iniciando pelo bem maior: o direito à vida. Continue divulgando.

      Obrigadíssima!

      Tereza Amaral

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  2. Os parentes ontem levaram comida roupas secas mas não. Puderam,não. Conseguiram entrar...

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