“o meu pai, o meu marido e meus filhos já foram assassinados e enterrados aqui, eles foram assassinados pelos fazendeiros, eu e a comunidade vamos morrer tudo aqui também. Não quero mais voltar na beira da rodovia, lá sofremos muito, lá é um lugar de morrer, por isso em vez de voltar na beira da rodovia, quero que a justiça do Brasil mande matar-nos todos aqui”
Cacique Damiana _ Fotos Aty Guasu |
Marido da cacique |
Esta nota da Aty Guasu visa comunicar a todas as sociedades nacionais e internacionais que a comunidade GUARANI KAIOWÁ DO TEKOHA APYKA’I-DOURADOS-MS SOFRE O RISCO IMINENTE DE EXTINÇÃO/DIZIMAÇÃO PELA AÇÃO DA USINA DE ÁLCOOL E AÇÚCAR SÃO FERNANDO E DA JUSTIÇA FEDERAL.
A viúva Damiana assumiu a liderança da comunidade. Em 2009, a Usina São Fernando e fazendeiro conseguiu uma ordem de despejo judicial dos indígenas do tekoha Apyka’i. A ordem judicial foi executada pela força policial em 2009. A comunidade Guarani Kaiowa novamente foi largada à margem da rodovia onde não tinha água para eles beber e monitorada pelos pistoleiros.
No final de 2010, a comunidade Guarani Kaiowa pela segunda vez retornou ao tekoha Apyka’i, mas foi atacada e retirada pelos pistoleiros da Usina de Álcool no momento que mais uma liderança foi torturada e assassinada pelos pistoleiros da fazenda. Pela terceira vez a comunidade foi atacada, torturada e expulsa de sua terra tradicional Apyka’i. Os pistoleiros despejaram a comunidade à margem da rodovia. Em 2011, um dos filhos da Damiana foi atropelado e dilacerado pelo carro da fazenda.
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