Entre os beneficiados com a criação do projeto estão a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), e o irmão dela, Luiz Alfredo Feresin de Abreu, dentre outros empresários, políticos e empresas estrangeiras.
Do UOL, em Vitória da Conquista (BA)
O MPF (Ministério Público Federal) do Tocantins investiga a criação de um projeto de produção de soja do governo do Estado que não teria considerado produtores rurais que, segundo relatório antropológico, estavam há décadas na região de Campos Lindos (491 km de Palmas), nordeste do Estado.
Entre os beneficiados com a criação do projeto estão a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), e o irmão dela, Luiz Alfredo Feresin de Abreu, dentre outros empresários, políticos e empresas estrangeiras.
Não há detalhes no relatório de quando o trio comprou as terras. De acordo com o documento, todos 45 beneficiários dos lotes adquiriram as terras ainda em 1997, quando inciaram os investimentos para a produção.
O relatório, que consta no inquérito civil do MPF sobre o caso, aponta na área desapropriada pelo governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), em 1997 (primeiro mandado) – ele governa Tocantins pela quarta vez –, havia camponeses desde os "primeiros anos do século XX".
O relatório foi elaborado, a pedido do MPF, pela Universidade Federal do Tocantins e CPT (Comissão Pastoral da Terra), ligada a Igreja Católica.
De acordo com o relatório, "as narrativas dos camponeses sinalizam que os primeiros a se instalar na área, vindos do Maranhão, num movimento migratório que permaneceu relativamente constante pelo menos até a década de 1970".
"Os mais idosos são capazes de contar com riqueza de detalhes como se instalaram nos locais que ocupam, quem são as pessoas que já estavam por lá, uma vez que alguns chegaram antes, e como era a vida na época", afirma o documento.
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