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Por Radio Portal News
O protesto iniciado ontem com o bloqueio da rodovia MS-156, que liga Itaporã a Dourados, pode se estender por muitos dias e ainda se desdobrar em uma nova ocupação da sede do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, nos moldes do que aconteceu em setembro do ano passado. O Distrito é de responsabilidade da Sesai (Secretaria Especial da Saúde Indígena), pasta que integra o Ministério da Saúde.
A possibilidade de uma nova ocupação foi informada ao Dourados News pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena no Estado, Fernando Souza, que esteve pela manhã no bloqueio da rodovia em Dourados.
“O movimento indígena de Mato Grosso do Sul está, junto do conselho, radicalizando em todos os pólos da Sesai no Estado, mantendo apenas os serviços essenciais nos postos de saúde, e programando a retomada da ocupação na sede do DSEI em Campo Grande. E a mobilização vai permanecer até que o secretário Antônio Alves [secretário que responde pela Sesai no país] venha ver in loco as dificuldades das quais estamos falando praticamente há mais de um ano”, afirmou Souza.
As dificuldades das quais o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena falou são referentes à estrutura dos pólos de saúde no Estado. Em Dourados, por exemplo, são quatro postos de saúde, dois na aldeia Jaguapiru e dois na aldeia Bororó. Os profissionais que lá trabalham deram início na semana passada a uma greve que mantém apenas 30% dos mais de 200 trabalhadores em regime de plantão.
O bloqueio da MS-156 segue por tempo indeterminado, se iniciando às 7h e se encerrando diariamente por volta das 17h, segundo informado pelos manifestantes. A possível ocupação da sede do DSEI em Campo Grande não tem data marcada. Além de Dourados, também estão previstas manifestações dos profissionais de saúde que prestam serviço por meio da Sesai em outros municípios do Estado, segundo informado por Souza.
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