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Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 06/02/2014 às 11:08
Índios Munduruku, da aldeia Caranatuba, em Jacareacanga, oeste paraense, serão capacitados para melhorar a qualidade da produção da farinha de mandioca na comunidade. A atividade que acontece pela segunda vez na aldeia será executada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com Fundação Nacional do Índio (Funai) e a prefeitura do município.
Toda a farinha produzida durante o curso será comercializada e o dinheiro será revertido para a ampliação da casa de farinha que existe na comunidade, além da troca dos utensílios como prensa, forno e catitu. A expectativa é produzir em cinco dias pelo menos 20 sacas de farinha, que serão comercializadas a R$ 200 cada. Em em 2013 só pelos Munduruku foram produzidas mais de 25 toneladas de farinha o que gerou um recurso de R$ 32 mil distribuídas em 18 famílias.
Segundo Raimundo Delival, técnico da Emater, a empresa vem trabalhando com as comunidades indígenas em Jacareacanga nas 17 aldeias que existem no município, principalmente na orientação do plantio, escolha de área e variedades de raiz de mandioca, uma das mais importantes culturas entre os Munduruku. Em pouco menos de dois anos, a Emater estima que a produtividade das áreas tenham aumentado em pelo menos 50%. “Isso é resultado de cursos de capacitação, palestras e oficinas que temos oferecido nas aldeias”, informa Delival.
Segundo Abrão Akay Munduruku, tem sido de grande importância o auxílio técnico junto às aldeias para trabalhar a produção e o beneficiamento da farinha de mandioca. “Nós tínhamos a roça, mas a nossa produção tem aumentado muito depois do auxílio técnico, agora precisamos reformar e ampliar a casa de farinha para produzir mais e melhor”, adiantou o cacique. Jacareacanga registra a maior população indígena do Pará, são quase dez mil indígenas.
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