20 de outubro de 2015

Genocídio pela "espada" do Judiciário?


Imagens Printadas _ Vídeo Miramax (Ver abaixo)

Por Tereza Amaral

Um comboio do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Campo Grande se deslocou para Antônio João, hoje (20), transportando cerca de cem PMs para reintegração de posse das fazendas que incidem sobre Terras Indígenas retomadas pelos Guarani-Kaiowá.

Matéria de Midiamax reporta que a operação tem no comando a Polícia Federal "e, a partir de determinação judicial, devem apoiar na reintegração equipes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Exército e Força Nacional."
Trata-se, na verdade, de uma irresponsável megaoperacão - com direito a um gabinete de comando, sobrevoo na região e planejamento do despejo previsto para acontecer na manhã desta quarta-feira - determinada pela equivocada decisão de um desembargador federal.
Mais uma tragédia anunciada, uma vez que a Aty Guasu já ratificou a decisão dos indígenas. Eles não renunciarão à ancestralidade e territorialidade. (Ler e acompanhe Informes no AQUI).
O desembargador usa de uma a hermenêutica com interpretação judicial favorável aos fazendeiros, inclusive, aos donos da fazenda que incide sobre Ñanderu Marangatu, tekoha onde no dia 29 de agosto passado o jovem líder Semião Vilhalva foi assassinado. Mandantes e miliciantes? Impunes.
Caricatura do desembargador federal Fábio Prieto

Se o presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), desembargador federal Fábio Prieto de Souza, acredita que não será responsabilizado pela sociedade brasileira e internacional em caso de mais um grave conflito está equivocado. Ele não ouviu pedido da Funai e manteve liminar da 1ª Vara Federal de Ponta Porã.
Fábio Prieto parece não entender que a desocupação das áreas retomadas tem um diferencial de outros despejos: há uma politica indigenista engessada com os processos de demarcação paralisados. Confira Audiovisual.

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