2 de junho de 2013

Brasil: Do Carnaval e Futebol ao País Anti-Indígena


Por Tereza Amaral

O país do carnaval e futebol tem mostrado, ultimamente, ser cruel com a sua população originária. O belo mosaico com 305 etnias, falando 247 idiomas e totalizando uma população de 896,9 mil pessoas que encanta o mundo vem sendo - alguns povos - alvo de sucessivas violências.
E o que é pior: pelo próprio governo, instituições governamentais, Agronegócio e as Casas do Povo contaminadas pelas 'pesticidas' das bancadas ruralistas (Câmara Federal e Senado).
Em menos de sete meses a Polícia Federal matou dois indígenas em desastrosas operações. Os povos Guarani-Kaiowá, segunda maior etnia, sofrem com miserabilidade, ataques e execuções por pistoleiros a mando de fazendeiros.  E nós assistimos a tudo impactados com outra grande violência: a omissão da presidente Dilma Rousseff.
Omissão e indiretamente participação. O assassinato de Adenilsom kirixi Munduruku aconteceu na Operação Eldorado, na aldeia Teles Pires (PA), autorizada pela presidente que, em seguida,  também autorizou a ida de uma equipe para realização de estudos nas terras dos Munduruku. E sem consulta.
Com a reação - duas invasões a Belo Monte - e a demonstração de força das lideranças, além da morte de Oziel Terena, Dilma fez um recuo.
 Na próxima quarta-feira saberemos o que a presidente decidirá sobre o complexo Tapajós.Muito possivelmente  irá enganar mais uma vez os indígenas e declarar ao mundo que tudo fez pra negociar. É sabido que Dilma não conhece de diplomacia. Ela não negocia; ela impõe! 

Um comentário:

  1. Somos, sim, coletivamente omissos. O fato é que a população indígena desse e de outros países foi feita refém em suas próprias terras. Mas, mesmo desrespeitada, estigmatizada e miserabilizada, mantem uma certa dignidade e altivez que merece respeito.

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