7 de janeiro de 2016

Índia que morreu vítima da síndrome Guillain-Barré é velada em aldeia Xukuru

Foi o primeiro caso de que se tem registro na qual um paciente com histórico de chikungunya vem a óbito após complicações da síndrome 

Danielle, que era natural de Pesqueira, no Agreste do estado, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foto: Facebook/Reprodução ( DP)

Diário de Pernambuco

Está sendo velado na manhã desta quinta-feira, na aldeia Pé de Serra de São Sebastião, a 16 km de Pesqueira, o corpo da índia Xukuru Danielle Marques de Santana, que morreu nesta quarta após evolução do quadro da Síndrome de Guillain-Barré. Foi o primeiro caso de que se tem registro na qual um paciente com histórico de chikungunya vem a óbito após complicações da síndrome. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) ainda não havia sido notificada e não confirmou o caso. O atestado de óbito, no entanto, aponta a síndrome como causa da morte. Pneumonia, choque séptico e paralisia dos membros também constam no laudo, assinado pelo médico Janio Euler Carvalho.
Nesta manhã, a secretária de Saúde de Pesqueira, Elizabete Costa, deixou o cargo. Para a família da vítima, houve falha no atendimento recebido por Danielle no Hospital Dr. Lídio Paraíba (HLP), primeira unidade de saúde procurada por ela, onde ficou internada. “Ela deu entrada no Hospital Dr. Lídio Paraíba (HLP), em Pesqueira, com sintomas de chikungunya. Passou três dias na emergência, começou a piorar e os pais pediram transferência para outro hospital. "Após oito dias no hospital em Pesqueira a adolescente foi transferida para Caruaru”, relatou um parente de Danielle.
Segundo depoimentos de parentes e amigos, ao chegar em Cauraru o médico que a atendeu disse que ela precisava de uma UTI imediatamente e ela foi transferida para o Hospital da Restauração,  no Recife. “Quando minha prima chegou ao HR, foi diagnosticada rapidamente que ela estava com a Síndrome de Guillain-Barré. Ainda disseram que o estado  dela era muito grave e que ela corria risco de morte”, contou o parente.
Danielle, que era natural de Pesqueira sofreu uma parada cardiorrespiratória após quase dois meses de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HR.
A parada cardíaca aconteceu às 10h20, seguida da paralisação do diafragma. Os médicos tentaram reanimá-la por 40 minutos, mas ela não resistiu. 
 (Arte/DP)

 (Arte/DP)


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