21 de maio de 2013

Capitalismo pra lá de selvagem


Jornalista Ruy Sposati impedido de trabalhar - Agência Raízes


Por Tereza Amaral 

“Tentamos correr, mas eles nos alvejavam como se fôssemos búfalos. Sei que há alguns brancos bons, mas os soldados deviam ser maus, para disparar contra crianças e mulheres. Soldados índios não fariam isso contra crianças brancas”.

O depoimento da índia Sioux Louise Pele de Doninha, há mais de um século,  não relata apenas  o massacre do seu povo pelo exército americano, em dezembro de 1890, mas ecoa no que está acontecendo no Brasil.
Só que com uma grande diferença: Lá, os indígenas já usavam cavalos desde a colonização dos espanhóis, no século XVI e, posteriormente, armas de fogo. Podemos considerar que o genocídio ocorreu em meio a 'guerras indígenas'.
Sioux, Cheyenne, Apache, Comanche... Yanomani, Kayapó, Guarani-Kaiowá e Munduruku.  Mas o que povos das planícies norte-americanas têm em comum, mesmo com mais de um século de diferença, com indígenas brasileiros?
Limpeza étnica, genocídio. Tanto pelo governo, com uma política determinada a destronar os direitos indígenas ou, mais ofensivamente, com tiros de policiais federais,  omissão em caso de pistoleiros a "serviço" do Agronegócio... Gaza também é aqui! a diferença, além da terra, são riquezas em TIs como ouro e bacias hidrográficas.

Recado

Mas ainda bem que temos uma anti-artilharia pacífica e com a arma mais poderosa do mundo: a palavra. Num recado direto enviado ao governo, o Cimi - nem preciso dizer o significado da sigla porque qualquer pessoa com o mínimo de informação conhece - 'disparou', ontem, um texto com seis ações de terror praticadas pela Polícia Federal, órgão vinculado diretamente ao Ministério da Justiça, após o jornalista Ruy Sposati ter sido impedido de trabalhar e ter seus equipamentos confiscados pela PF, em MS. Leia e assista aos vídeos!


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