Crítica à paralisação das demarcações indígenas, entidade espera que presidenta perceba apoio recebido nas eleições e governe com movimentos sociais para conduzir reformas
Há mais de um ano, guaranis vão às ruas por demarcações nas zonas norte e sul de São Paulo
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Rede Brasil Atual, São Paulo – “Dilma é uma mulher inteligente e já deve ter percebido que não é alimentando setores historicamente antipetistas, como o agronegócio, que fará as reformas necessárias para o país”, resume Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indígena Missionário (Cimi), ao comemorar a vitória da candidata petista sobre Aécio Neves (PSDB). “Esperamos que a presidenta assuma postura mais próxima dos movimentos sociais para tratar de questões estruturantes, como a reforma agrária, a titulação de terras quilombolas e as demarcações de terras indígenas, que foram suplantados no primeiro mandato.”
Buzatto recorda o apoio brindado pelos movimentos sociais a Dilma Rousseff (PT) – inclusive por organizações que passaram os primeiros quatro anos de governo criticando e pressionando a presidenta, como as entidades indígenas. “Dilma foi a que menos demarcou os territórios tradicionais. Paralisou os processos. É uma atitude que não favorece os povos indígenas, mas os setores que ocuparam suas terras ao longo do processo de colonização”, pontua. “Nossa expectativa é que haja uma reversão. Por enquanto, é mais uma esperança, mas espero que se transforme numa expectativa com mais enraizamento. Vamos aguardar os acenos da presidenta nesses últimos meses de governo.”
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