O indígena Candide Zaraky Tenetehar/Guajajara, de 22 anos, foi atropelado e morto por um caminhão madeireiro na noite desta quinta-feira, 28, no município de Amarante, Maranhão. De acordo com testemunhas, o motorista estava visivelmente embriagado e fugiu sem prestar socorro. O jovem Tenetehar/Guajajara morreu no local.
No final da tarde desta sexta-feira, 29, a enfermeira indígena Surama Tenetehar/Guajajara, que acompanha de perto o caso, informou que o corpo estava para ser liberado pelo Instituto Médico legal (IML) e o enterro deverá ocorrer na aldeia Tawari, Terra Indígena Arariboia, onde o jovem Tenetehar/Guajajara morava com a esposa e dois filhos pequenos.
Suarama explica que Candide estava em Amarante acompanhando a mãe em tratamento médico. O atendimento de saúde na aldeia é precário, então os Tenetehar/Guajajara doentes precisam percorrer diariamente 90 quilômetros até a cidade. O jovem indígena, portanto, era obrigado a fazer esse trajeto todos os dias para estar ao lado da mãe.
No momento do atropelamento, Candide estava sobre a moto que usava para ir da aldeia até Amarante. O detalhe é que estava parado, fora da rota do caminhão. Para as testemunhas, a colisão foi provocada pelo motorista madeireiro que carregava toras de árvores. A família do Tenetehar/Guajajara registou Boletim de Ocorrência na delegacia de Amarante do Maranhão.
O motorista ainda não foi encontrado, tampouco o proprietário do caminhão. A coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz já foi comunicada sobre o caso, mas de acordo com os Tenetehar/Guajajara pouco pôde fazer até o momento.
Conforme o indigenista Gilderlan Rodrigues da Silva, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Maranhão, “os indígenas estão revoltados com mais um assassinato, porque assim é que consideram, e o culpado pode ficar impune assim como os outros quatro casos que aconteceram entre abril e maio deste ano com indígenas do mesmo povo”, declara Gilderlan.
No final da tarde desta sexta-feira, 29, a enfermeira indígena Surama Tenetehar/Guajajara, que acompanha de perto o caso, informou que o corpo estava para ser liberado pelo Instituto Médico legal (IML) e o enterro deverá ocorrer na aldeia Tawari, Terra Indígena Arariboia, onde o jovem Tenetehar/Guajajara morava com a esposa e dois filhos pequenos.
Suarama explica que Candide estava em Amarante acompanhando a mãe em tratamento médico. O atendimento de saúde na aldeia é precário, então os Tenetehar/Guajajara doentes precisam percorrer diariamente 90 quilômetros até a cidade. O jovem indígena, portanto, era obrigado a fazer esse trajeto todos os dias para estar ao lado da mãe.
No momento do atropelamento, Candide estava sobre a moto que usava para ir da aldeia até Amarante. O detalhe é que estava parado, fora da rota do caminhão. Para as testemunhas, a colisão foi provocada pelo motorista madeireiro que carregava toras de árvores. A família do Tenetehar/Guajajara registou Boletim de Ocorrência na delegacia de Amarante do Maranhão.
O motorista ainda não foi encontrado, tampouco o proprietário do caminhão. A coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz já foi comunicada sobre o caso, mas de acordo com os Tenetehar/Guajajara pouco pôde fazer até o momento.
Conforme o indigenista Gilderlan Rodrigues da Silva, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Maranhão, “os indígenas estão revoltados com mais um assassinato, porque assim é que consideram, e o culpado pode ficar impune assim como os outros quatro casos que aconteceram entre abril e maio deste ano com indígenas do mesmo povo”, declara Gilderlan.
Violência contra os Tenetehar/Guajajara da TI Arariboia
O missionário do Cimi se refere ao assassinato, entre os dias 26 de março e 22 de abril deste ano, dos Tenetehar/Guajajara Aponuyre Guanabara, de 16 anos, Genésio Guajajara, de 30 anos, Isaías Guajajara, de 32 anos, e de Assis Guajajara, de 43 anos (primeiro plano, na foto). Todos eram da Guarda Florestal Indígena de proteção à terra indígena,e que vem causando revolta entre os madeireiros cada vez mais impedidos de derrubar árvores, e foram mortos a pauladas.
Até o início de novembro do ano passado, um incêndio de origem criminosa, conforme atestou o IBAMA, consumiu 45% de florestas da Terra Indígena Arariboia - do total de 413 mil hectares, 190 mil viraram cinzas. No mês anterior, o Governo do Maranhão já havia declarado situação de emergência em 11 terras indígenas no estado por conta de focos de incêndio iguais aos de Arariboia.
A terra indígena é um dos alvos preferenciais dos madeireiros da região. Há um histórico de invasões à terra, também ocupada por indígenas em situação voluntária de isolamento do povo Awá-Guajá. No final de 2011, madeireiros invadiram o interior da Arariboia e começaram a montar um acampamento.
Em janeiro de 2012, uma expedição coordenada pelo Cimi/MA foi ao local apontado por indígenas Tenetehar/Guajajara. Comprovou não apenas a invasão, mas que ela estava sobre uma área com indícios materiais de presença dos Awá isolados. Havia elementos suficientes para a conclusão óbvia: os madeireiros expulsaram os Awá do lugar de forma violenta, pois os indígenas deixaram para trás utensílios e outros objetos de uso pessoal.
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