Segundo lideranças, a troca foi feita pela Casa Civil atropelando o Ministério da Saúde. Neste momento líderes estão em reunião a portas fechadas na sede do órgão.
Fotos _ Conselho do Povo Terena |
Após 24 horas de espera, uma comissão de lideranças está neste momento reunida, a portas fechadas, com representantes da Casa Civil e o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, na sede do órgão, em Brasília.
Em reunião anterior com o Secretário de Saúde Indígena (Sesai), Rodrigo Rodrigues, membros do Condisi-MS, Conselhos do Povo Terena, Aty Guasu, do Povo Kinikinau e representantes do Conselho Nacional de Política Indigenistas (CNPI) exigiram uma explicação sobre a nomeação de Edmilson Canale, ontem, ocupando o cargo de Lindomar Ferreira no Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI-MS).
Segundo lideranças, a troca foi feita sem consulta ao Ministério da Saúde. Rodrigo Rodrigues declarou que não estava sabendo da substituição e "iria buscar informações concretas, tendo em vista que a decisão surgiu da Casa Civil sem passar por análise do Ministério de Saúde".
Surpresa
Os líderes foram pegos de surpresa e ocuparam a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília, exigindo a revogação da portaria de exoneração de Lindomar Ferreira, uma vez que a ida à capital federal foi para protestar contra a municipalização da saúde indígena e entregar documento de repúdio contra Wanderlei Guenka, cujo nome está cotado para assumir cargo na Sesai.
Guenka responde, segundo o Conselho do Povo Terena, a 23 processos por improbidade administrativa em sua passagem pelo Dsei do Mato Grosso do Sul. Ler aqui.
Sem ouvir os membros dos conselhos indígenas do Mato Grosso do Sul, o governo substituiu Lindomar Ferreira, nomeando Edmilson Canale que é aliado político da deputada estadual ruralista Mara Caseiro (PSDB).
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