Por Tereza Amaral
Líder Elizeu Lopes recentemente na Europa* |
"Não sabemos ainda qual o objetivo deles, se é nos intimidar ou atacar". A reflexão no início da manhã desta quarta-feira é do cacique Elizeu Lopes, um dos líderes da Kurusu Amba, sobre a ostensiva ação de pistoleiros cercando a comunidade.
Segundo ele, ontem à noite tiros foram disparados no entorno do acampamento focado por mais de dez faróis de cilibrim. As crianças - muitas - são as mais atingidas com o desumano cerco e choram aterrorizadas.
O cerco de pistoleiros acontece desde domingo passado. Em acordo intermediado pelo Ministério Público Federal envolvendo fazendeiros e indígenas havia sido concedido um prazo de dez dias para retirada da Casa de Reza. O acordo foi desfeito com ataques.
A Resistência reafirma que não vai recuar e, a cada dia, mais líderes indígenas Guarani-Kaiowá se deslocam para a comunidade. "Mesmo que tranquem as estradas vicinais vamos nos unir ao nosso povo", prometeu uma liderança.
Se por um lado o clima é de risco iminente de mais uma tragédia, do outro as autoridades competentes do governo Dilma Rousseff e do Poder Judiciário se embrenham pela estrada da omissão.
A grave situação dos povos Guarani-Kaiowá piorou ainda mais desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela invalidação dos tekoha em detrimento do desumano Marco Temporal.
E na falta de adoção de uma medida presidencial para resolver o conflito no Mato Grosso do Sul, em caráter de urgência, somente cortes internacionais poderão salvar os indígenas do genocídio em curso.
Certa vez comentando sobre um post de que indios estavam sendo mortos por fazendeiros gananciosos, recebi como resposta de que eu estaria "assistindo muito filme de faroeste americano".......
ResponderExcluirCara Hortenila Marchetto,
ExcluirA resposta que recebeste certamente é de alguém ligado ao agronegócio. É fato que assistimos na história contemporânea do Brasil a um massacre aos direitos indígenas, iniciando pelo bem maior: o direito à vida. Continue divulgando.
Obrigadíssima!
Tereza Amaral
Os parentes ontem levaram comida roupas secas mas não. Puderam,não. Conseguiram entrar...
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