A indígena Jaciele* Martins, 17 anos, neta da rezadora Xurite Lopres, assassinada em 2007, foi vítima de atropelamento criminoso, ontem, e se encontrava internada em um hospital da região. Aluna do ensino médio, ela sofreu forte pancada na cabeça e está mal. A unidade hospitalar devolveu a garota sem medicá-la. Os Guarani-Kaiowá estão procurando um outro hospital.
Foto Arquivo _ Luciano De Mello Silva |
Os indígenas Guarani-Kaiowá deste tekoha e de outras aldeias estão unidos neste momento e prometem resistir até a morte. Esta é a quinta retomada da área tida como das mais sangrentas do Mato Grosso do Sul. Leiam CARTA!
Entenda o Caso AQUI!
Leia, ainda, postagem feita neste momento por Luciano De Mello Silva na minha página no Facebook:
*Segundo o CIMI, Jocikelle. Ler matéria AQUI!
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Tereza Amaral querida amiga, Luciano De Mello Silva retornando pois, acabo de estabelecer contato com lideranças do Aty Guasu que informam:
Ontem a Adolescente Kaiowa Jaciele Martins de 16 anos, que cursa ensino médio, ao retornar para a aldeia foi propositalmente atropelada a mando do fazendeiro. Ela se feriu gravemente, bateu forte a cabeça e está em observação agora no hospital. O estado dela requer atenção, é grave, pois a brutalidade do atropelamento causou traumatismo.
Sobre Kurussu Ambá, precisamos compreender o que significa revitalizar a cultura originária. Estamos sempre aqui nessa rede, pedindo para o governo agir no sentido de fazer parar os crimes aos direitos humanos sobre as populações indígenas. Esse pedido não é a toa, essas violências ocorrem de fato, eu e a Luciane Cougo, estivemos em Kurusu Ambá, o Lugar do Firmamento na Terra, e passamos muitíssima tensão e medo. passamos lá poucos dias, mas o que sentimos foi triste demais, vivenciamos o que eles passam no dia a dia, É FOME!! É SEDE DE ÁGUA BOA É FALTA DE CONFORTO E ESPAÇO, É MEDO DAS VIOLÊNCIAS DO JAGUNÇO, PELO ABANDONO E INSEGURANÇA DA SITUAÇÃO EM QUE VIVEM. Por isso nossa sociedade precisa entender, se empoderar também dessa cultura linda. Ela é nossa, ela faz parte de nossas origens ancestrais. Quem nesse país não tem um antepassado indígena? Por isso Tereza, é que estou aqui dizendo essas coisas para essa gente de sua rede, e logo da minha também, pois vou compartilhando tudo. Quando chegamos em Kurusu Ambá e vimos as ocas de palha, feitas nos moldes tradicionais, na beira do rio, onde pudemos nos banhar e colher frutas, onde pudemos conhecer as nascentes sagradas, e até encontrar um cemitério de caciques dentro da propriedade do fazendeiro, é que sentimos grande esperança. Eles são guardiões da cultura e protetores da natureza. O próprio espírito do Mapinguari vive neles. Sinto demais a tristeza de ver gente nessa nossa jornada que não entende a importância da existência e da vida saudável dos Guarani e Kaiowa no Mato Grosso do Sul. Terra demarcada, é como dizem, é vida, é justiça, para todos nós, é ambiente saudável e cultura própria. É tudo. Meu amor e profundo agradecimento por ter tido a oportunidade de estar lá, mesmo que por pouco tempo, mesmo que em siutuação de enorme tensão.
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