Por Aty Guasu
Aty Guasu informa que no dia 05 de dezembro de 2013 uma comissão da Aty Guasu registrou os relatos da esposa e filhos (as) da liderança Guarani e Kaiowá Ambrósio Vilhalva. Parte do resultado da investigação da Polícia Civil evidencia que os assassinos do Ambrosio não foram os indígenas. Justiça liberou o sogro de Ambrosio. Os suspeitos indígenas provaram para justiça que assassinos não são indígenas. Assim, o mistério e as perguntas permanecem no ar. QUEM MATOU O LÍDER AMBROSIO? QUEM MANDOU MATAR O AMBROSIO?
Importa destacar que a viúva do Ambrosio assume a liderança de frente do tekoha Guyra Roka-Caarapó-MS. Ela declara que vai continuar a luta do Ambrósio pela demarcação da terra indígena Guyra roka. “Eu lutei arduamente do lado de meu esposo Ambrosio e com os meus filhos (as) há mais de 30 anos.” “Meu esposo foi morto por lutar pela demarcação das terras tradicionais”. “A luta e o sonho de meu marido Ambrósio é somente a recuperação do nosso tekoha para as crianças”. “Por que mataram o meu marido?”. “Ele nunca fez coisa errada”, “somente um homem sofrido e lutava pela bem viver de nossa família e comunidade”. “Mataram covardemente meu esposo, eu fiquei com os meus filhos e minhas filhas”. “Vou levar para frente a nossa luta pela demarcação de nossa terra Guyraroka”.
“No final de mês de novembro, quando o meu esposo Ambrosio recebeu a ameaça de morte na estrada, ele falou para mim”, “se eu for morto você continue lutando pela terra é para nossos filhos e para povo Guarani e Kaiowá”. Relembra a viúva. Assim, a viúva assume a liderança da comunidade Guyra roka. Ela revela que seu esposo estava sofrendo constantemente a ameaça de morte por lutar pela demarcação de terra, e por denunciar a plantação de cana de açúcar; ela reproduz a narração do Ambrosio que contou para ela: “os dois homens me cercaram na estrada, ali na encruzilhada das fazendas e prometeram que logo vão me matar”. É importante destacar que no final de mês de novembro de 2013, o líder Ambrosio foi abordado na estrada e recebeu a ameaça de morte, afirma a viúva.
A viúva relembra que no dia 01 de dezembro, à noite por volta das 19 horas, o Ambrosio viu mais de dois homens mascarados e estranhos passando com pressa perto de nossas barracas, pela trilha. “Antes de atacar, ferir e esfaquear o meu esposo Ambrosio, ele contou e garantiu para mim que ele viu mais de dois homens perto de nossa barraca”, recorda a viúva. “Achei que fossem os meus parentes que estavam passando por ai, mas depois entendi que eram homens desconhecidos sim”. “Já por volta das 20:30, antes da chegada de temporal e chuva forte, o Ambrosio falou me que vai verificar rapidinho um movimento estranho e vozes que havia escutado na entrada de nossa barraca”. “Ele pegou bicicleta e saiu sozinho para verificar o barulho das pessoas que estava na entrada do acampamento”. “Depois de 20 minutos eu ouvi uma voz e grito meio desesperada na estrada perto da nossa barraca, nesse momento também começou a cair chuva, relâmpago e ventania”. “Saí da barraca, com a luz de relâmpago vi grupo de homens em círculo que parecia que estava se abraçando”. “Não imaginei que fossem os assassinos de meu esposo”. “Quase fui ve-los”, “mas por causa da chuva forte e retornei ao interior de nossa barraca”. “Passados mais ou menos 10 (dez) minuto, o Ambrosio com pressa entrou na barraca e se segurou na parede da barraca”. “ eu sem ver o ferimento e sem saber do ataque ao Ambrósio, deitada na cama, perguntei a ele quem seria os homens que estavam na estrada no meio da chuva”. “Diante disso, ele tentou falar, mas já estava sem voz e caiu no chão, sem mais falar comigo”. “Ele não conseguiu contar quem estava na estrada, nem contou quem foi o autor ou autores do crime”. “ levantei da cama e acendi o fósforo e lamparina no momento que vi o sangue no rosto e no pescoço do Ambrosio, muito assustado, gritei, gritei, acordei os meus filhos (as), minhas irmãs, eles (as) acordaram e observamos que o meu esposo já estava sem vida”. “Gritamos e gritamos pedindo socorro enquanto isso chuva continuava”. “No meio da chuva tentamos fazer ligação para equipe da Saúde Indígena da SESAI, FUNAI, Polícia que estão localizadas mais de 40 km, mas não conseguimos nos comunicar com ninguém”. “Somente às 6 horas da manhã, comunicamos à SESAI que foi e chegou à área com a polícia civil”. Continue lendo!
Diante desse fato acontecido, todos assustados, apavorados os parentes do Ambrosio começaram indicar os suspeitos que seriam supostamente os indígenas, por isso Polícia Civil começou a deter e encaminhar os indígenas (até o sogro do Ambrosio) suspeitos indicados à delegacia, mas três dias depois de investigação policiais, ficam evidentes que os assassinos do Ambrosio não foram os indígenas do acampamento Guyra Roka. Todos os indígenas suspeitos detidos provaram aos investigadores policiais e à justiça que não foram os indígenas. No momento do assassinato do Ambrosio, os seus parentes e seus companheiros de luta estavam em suas barracas. Assim a justiça liberou os indígenas suspeitos. Os indígenas detidos se encontram constrangidos, indignados e pedem que seja investigado e esclarecido o autor e mandante do crime e assassinato de líder Ambrosio Vilhava.
A viúva está com muito medo e preocupada com a segurança de suas famílias e comunidade, ela relatou que já passou a sofrer a nova ameaça de morte por assumir a liderança de frente, o lugar de seu esposo Ambrosio.
“Há rumores por aqui que eu serei a próxima vitima de violência”. “Contaram para mim que logo eu serei assassinado de forma similar ao meu marido Ambrosio, quero contar para todos (as)”. “Os assassinos desconhecidos assassinaram o meu marido por causa de nossa luta pela terra”. “Fico eu, sou uma viúva guerreira Guarani e Kaiowá, com os meus filhos (as), vou continuar lutando pela demarcação do tekoha Guyra roka, o meu esposo Ambrosio está comigo com certeza, sei disso e sua alma lutará sempre ao meu lado, a luta dele não morreu porque a luta de nosso povo Guarani e Kaiowá”. Esse é resumo dos relatos da viúva/esposa do líder Ambrosio Vilhalva.
Diante dos relatos da viúva, nós lideranças da Aty Guasu solicitamos a investigação do assassinato do Ambrosio pela Polícia Federal, visto que Ambrosio foi morto na área em litígio.
Aguardamos a posição das autoridades federais.
Tekoha Guyra Roka, 05 de dezembro de 2013.
Aty Guasu contra o genocídio
Importa destacar que a viúva do Ambrosio assume a liderança de frente do tekoha Guyra Roka-Caarapó-MS. Ela declara que vai continuar a luta do Ambrósio pela demarcação da terra indígena Guyra roka. “Eu lutei arduamente do lado de meu esposo Ambrosio e com os meus filhos (as) há mais de 30 anos.” “Meu esposo foi morto por lutar pela demarcação das terras tradicionais”. “A luta e o sonho de meu marido Ambrósio é somente a recuperação do nosso tekoha para as crianças”. “Por que mataram o meu marido?”. “Ele nunca fez coisa errada”, “somente um homem sofrido e lutava pela bem viver de nossa família e comunidade”. “Mataram covardemente meu esposo, eu fiquei com os meus filhos e minhas filhas”. “Vou levar para frente a nossa luta pela demarcação de nossa terra Guyraroka”.
“No final de mês de novembro, quando o meu esposo Ambrosio recebeu a ameaça de morte na estrada, ele falou para mim”, “se eu for morto você continue lutando pela terra é para nossos filhos e para povo Guarani e Kaiowá”. Relembra a viúva. Assim, a viúva assume a liderança da comunidade Guyra roka. Ela revela que seu esposo estava sofrendo constantemente a ameaça de morte por lutar pela demarcação de terra, e por denunciar a plantação de cana de açúcar; ela reproduz a narração do Ambrosio que contou para ela: “os dois homens me cercaram na estrada, ali na encruzilhada das fazendas e prometeram que logo vão me matar”. É importante destacar que no final de mês de novembro de 2013, o líder Ambrosio foi abordado na estrada e recebeu a ameaça de morte, afirma a viúva.
A viúva relembra que no dia 01 de dezembro, à noite por volta das 19 horas, o Ambrosio viu mais de dois homens mascarados e estranhos passando com pressa perto de nossas barracas, pela trilha. “Antes de atacar, ferir e esfaquear o meu esposo Ambrosio, ele contou e garantiu para mim que ele viu mais de dois homens perto de nossa barraca”, recorda a viúva. “Achei que fossem os meus parentes que estavam passando por ai, mas depois entendi que eram homens desconhecidos sim”. “Já por volta das 20:30, antes da chegada de temporal e chuva forte, o Ambrosio falou me que vai verificar rapidinho um movimento estranho e vozes que havia escutado na entrada de nossa barraca”. “Ele pegou bicicleta e saiu sozinho para verificar o barulho das pessoas que estava na entrada do acampamento”. “Depois de 20 minutos eu ouvi uma voz e grito meio desesperada na estrada perto da nossa barraca, nesse momento também começou a cair chuva, relâmpago e ventania”. “Saí da barraca, com a luz de relâmpago vi grupo de homens em círculo que parecia que estava se abraçando”. “Não imaginei que fossem os assassinos de meu esposo”. “Quase fui ve-los”, “mas por causa da chuva forte e retornei ao interior de nossa barraca”. “Passados mais ou menos 10 (dez) minuto, o Ambrosio com pressa entrou na barraca e se segurou na parede da barraca”. “ eu sem ver o ferimento e sem saber do ataque ao Ambrósio, deitada na cama, perguntei a ele quem seria os homens que estavam na estrada no meio da chuva”. “Diante disso, ele tentou falar, mas já estava sem voz e caiu no chão, sem mais falar comigo”. “Ele não conseguiu contar quem estava na estrada, nem contou quem foi o autor ou autores do crime”. “ levantei da cama e acendi o fósforo e lamparina no momento que vi o sangue no rosto e no pescoço do Ambrosio, muito assustado, gritei, gritei, acordei os meus filhos (as), minhas irmãs, eles (as) acordaram e observamos que o meu esposo já estava sem vida”. “Gritamos e gritamos pedindo socorro enquanto isso chuva continuava”. “No meio da chuva tentamos fazer ligação para equipe da Saúde Indígena da SESAI, FUNAI, Polícia que estão localizadas mais de 40 km, mas não conseguimos nos comunicar com ninguém”. “Somente às 6 horas da manhã, comunicamos à SESAI que foi e chegou à área com a polícia civil”. Continue lendo!
Diante desse fato acontecido, todos assustados, apavorados os parentes do Ambrosio começaram indicar os suspeitos que seriam supostamente os indígenas, por isso Polícia Civil começou a deter e encaminhar os indígenas (até o sogro do Ambrosio) suspeitos indicados à delegacia, mas três dias depois de investigação policiais, ficam evidentes que os assassinos do Ambrosio não foram os indígenas do acampamento Guyra Roka. Todos os indígenas suspeitos detidos provaram aos investigadores policiais e à justiça que não foram os indígenas. No momento do assassinato do Ambrosio, os seus parentes e seus companheiros de luta estavam em suas barracas. Assim a justiça liberou os indígenas suspeitos. Os indígenas detidos se encontram constrangidos, indignados e pedem que seja investigado e esclarecido o autor e mandante do crime e assassinato de líder Ambrosio Vilhava.
A viúva está com muito medo e preocupada com a segurança de suas famílias e comunidade, ela relatou que já passou a sofrer a nova ameaça de morte por assumir a liderança de frente, o lugar de seu esposo Ambrosio.
“Há rumores por aqui que eu serei a próxima vitima de violência”. “Contaram para mim que logo eu serei assassinado de forma similar ao meu marido Ambrosio, quero contar para todos (as)”. “Os assassinos desconhecidos assassinaram o meu marido por causa de nossa luta pela terra”. “Fico eu, sou uma viúva guerreira Guarani e Kaiowá, com os meus filhos (as), vou continuar lutando pela demarcação do tekoha Guyra roka, o meu esposo Ambrosio está comigo com certeza, sei disso e sua alma lutará sempre ao meu lado, a luta dele não morreu porque a luta de nosso povo Guarani e Kaiowá”. Esse é resumo dos relatos da viúva/esposa do líder Ambrosio Vilhalva.
Diante dos relatos da viúva, nós lideranças da Aty Guasu solicitamos a investigação do assassinato do Ambrosio pela Polícia Federal, visto que Ambrosio foi morto na área em litígio.
Aguardamos a posição das autoridades federais.
Tekoha Guyra Roka, 05 de dezembro de 2013.
Aty Guasu contra o genocídio
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