Foi o primeiro caso de que se tem registro na qual um paciente com histórico de chikungunya vem a óbito após complicações da síndrome
Danielle, que era natural de Pesqueira, no Agreste do estado, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foto: Facebook/Reprodução ( DP)
Diário de Pernambuco
Está sendo velado na manhã desta quinta-feira, na aldeia Pé de Serra
de São Sebastião, a 16 km de Pesqueira, o corpo da índia Xukuru
Danielle Marques de Santana, que morreu nesta quarta após evolução do
quadro da Síndrome de Guillain-Barré. Foi o primeiro caso de que se tem
registro na qual um paciente com histórico de chikungunya vem a óbito
após complicações da síndrome. A Secretaria Estadual de Saúde (SES)
ainda não havia sido notificada e não confirmou o caso. O atestado de
óbito, no entanto, aponta a síndrome como causa da morte. Pneumonia,
choque séptico e paralisia dos membros também constam no laudo, assinado
pelo médico Janio Euler Carvalho.
Nesta manhã, a secretária de
Saúde de Pesqueira, Elizabete Costa, deixou o cargo. Para a família da
vítima, houve falha no atendimento recebido por Danielle no Hospital Dr.
Lídio Paraíba (HLP), primeira unidade de saúde procurada por ela, onde
ficou internada. “Ela deu entrada no Hospital Dr. Lídio Paraíba (HLP),
em Pesqueira, com sintomas de chikungunya. Passou três dias na
emergência, começou a piorar e os pais pediram transferência para outro
hospital. "Após oito dias no hospital em Pesqueira a adolescente foi
transferida para Caruaru”, relatou um parente de Danielle.
Segundo
depoimentos de parentes e amigos, ao chegar em Cauraru o médico que a
atendeu disse que ela precisava de uma UTI imediatamente e ela foi
transferida para o Hospital da Restauração, no Recife. “Quando minha
prima chegou ao HR, foi diagnosticada rapidamente que ela estava com a
Síndrome de Guillain-Barré. Ainda disseram que o estado dela era muito
grave e que ela corria risco de morte”, contou o parente.
Danielle,
que era natural de Pesqueira sofreu uma parada cardiorrespiratória após
quase dois meses de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
HR.
A parada cardíaca aconteceu às 10h20, seguida da
paralisação do diafragma. Os médicos tentaram reanimá-la por 40 minutos,
mas ela não resistiu.
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