Dados fazem parte de tese de mestrado sobre povos indígenas.
Pesquisa aponta ainda queda no número de índios vivendo na zona urbana.
Estudo aponta aumento de índios em Mato Grosso (Foto: Ednilson Aguiar/ Secom-MT)
Em 2010, os indígenas das 48 etnias existentes no estado representavam 1,16% da população e, atualmente, 3,98%, de acordo com a pesquisa. Além disso, os índios mato-grossenses correspondem a 5,26% da população indígena brasileira.
As terras indígenas mais populosas são a Pareci, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, com 838 moradores, e o Parque do Xingu, na região nordesde do estado, que conta com 4812 habitantes em 9 municípios. A terceira com maior população é a terra indígena Parabubure com 3819 indivíduos distribuídos nos municípios de Campinápolis e Nova Xavantina, de acordo com dados do Instituto Socioambiental (ISA).
Nos 10 anos pesquisados, Barra do Garças, Brasnorte, Canarana, General Carneiro, Juara e Peixoto de Azevedo apresentaram os maiores índices de natalidade. Segundo a pesquisa, Cuiabá foi o único município que teve diminuição da população indígena. Contudo, a queda foi inferior a 1%, que corresponde a redução de 80 pessoas.
Volta ao campo
A pesquisa apontou ainda que houve redução no número de índios vivendo nas áreas urbanas de Mato Grosso. Em 2000, 74,83% da população morava na zona rural e, 10 anos depois, esse percentual passou para 83,96%. "As pirâmides etárias dos indígenas para os anos estudados apresentaram população bastante jovem, com base larga que se estreita conforme aumenta a idade", diz a pesquisa.
O município com maior crescimento populacional foi Peixoto de Azevedo, que apresentou uma taxa de crescimento populacional, de 12,76% ao ano, e Cuiabá, a menor taxa.
Na área urbana, o município que mais apresentou crescimento no número de índios foi Canarana, a 838 km da capital. Aumentou em 16,56% a cada ano a quantidade de índios vivendo na zona urbana desse município.
Homens representam a maioria dos índigenas mato-grossenses
(Foto: Daniel Dino/ Secom-MT)
Apesar de ter nascido mais mulheres, os homens ainda continuam sendo maioria nas comunidades índigenas. Em 2000, eram 106,2 homens para cada 100 mulheres e, em 2010, caiu para 101,47 para o mesmo grupo de mulheres. Já na zona urbana há mais mulheres. São 90,67 homens para cada 100 mulheres.
Pesquisa
A intenção da pesquisadora era reunir dados quantitativos sobre os índios do estado. Ela argumenta que os povos têm características específicas que precisam ser estudadas e desenvendadas. "Além de dados qualitativos, que vêm de longa data sendo estudados por antropólogos, é necessária a obtenção de dados quantitativos, de interesse da demografia, para identificar as necessidades específicas desta população. Desta maneira, a necessidade das informações quantitativas é crescente", pontuou.
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