Manifestantes, que reivindicam terra, montaram barracas em parque.
Prefeitura diz que solicitou documento que ateste que grupo é indígena
Prefeitura diz que solicitou documento que ateste que grupo é indígena
Índios ocupam há uma semana uma área do Parque Municipal Serra do Periperi, espaço de preservação do município de Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia. O grupo, formado por homens, mulheres e crianças, reinvindica a construção de uma aldeia indígena na cidade, localizada a 510 quilômetros de Salvador.
Na área do parque onde está localizado a imagem de cristo, obra do artista plástico baiano Mário Cravo e um dos cartões postais da cidade, os índios, que afirmam ser todos moradores de Vitória da Conquista, montaram barracas.
Eles afirmam que no local, que segundo eles está abandonado, ancestrais montaram a primeira aldeia da cidade. A proposta dos manifestantes é implantar no parque uma comunidade para resgatar raízes do povo. Os índios afirmam que já entraram em contato com a prefeitura, mas que não houve acordo.
Fotos _ Reprodução/TV
Sudoeste
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"Nosso objetivo aqui é trabalhar com artesanato e mostrar nossa cultura pra todos. Queremos morar aqui, plantar e colher, e provar que nao estamos invadindo área de ninguem. Estamos aqui em cima de um pedaço de terra que pertence a nós", afirma Natanael Francisco Vieira, que mostra um documento que, segundo ele, foi emitido pela Funai, para atestar a origem indígena.
Outro que participa da ocupação é o comerciante Diron Oliveira, que afirma querer resgatar a cultura indígena na cidade. "Estamos resgatando os índios que existem em Vitória da Conquista, e todos os netos e bisnetos que nasceram aqui nas aldeias", afirma.
Em nota, a prefeitura da cidade informou que solicitou aos ocupantes que apresentem o documento legal emitido pela Funai, que ateste a identidade indígena do grupo.
Segundo a administração municipal, uma equipe foi enviada ao local para verificar a situação e já está tomando as providências cabíveis para a desocupação, já que, segundo a prefeitura, o monumento ocupado é tombado e está localizado no parque, que é unidade de conservação.
O executivo municipal divulgou ainda que já foi solicitado ao grupo a formalização das reinvidicações, para que a situação seja analisada e disse que a prefeitura está aberta para receber e dar continuidade às negociações com os representantes do movimento.
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