'Ocupação da Sesai é ilegal', diz procurador-chefe da AGU no estado.
50 índios Yanomami que estão na Sesai afirmam acompanhar ação.
Emily Costa Do G1 RR
50 índios Yanomami que estão na Sesai afirmam acompanhar ação.
Emily Costa Do G1 RR
Indígenas Yanomami ocupam o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena
(Foto: Emily Costa/ G1 RR)
A Advocacia Geral da União em Roraima (AGU) entrou nesta quarta-feira (21) com ação na Justiça Federal solicitando a reintegração de posse da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Centro de Boa Vista. O objetivo do pedido é retirar os 50 índios Yanomami que ocupam o prédio da Sesai desde a segunda-feira (19).
Ao G1, o indígena Anselmo Yanomami, um dos líderes do movimento, afirmou que está acompanhando o andamento da ação, mas reiterou que "a manifestação na Secretaria ocorre em prol de todos os indígenas que sofrem com a precariedade da Saúde na Terra Indígena Yanomami [TIY]".
Conforme o procurador-chefe da AGU de Roraima, Francisco Vilerbaldo Albuquerque, a ação de reintegração de posse foi ajuizada com pedido de liminar. Ele alegou que a ocupação do prédio é considerada ilegal e "predudica os próprios indígenas".
"Nessas condições, os servidores da Sesai não conseguem atuar. Qualquer invasão de prédio público é ilegal. Além disso, essa ocupação deles só causa prejuízo a eles mesmos e é motivada por questões pessoais. Por isso, tivemos de buscar as vias judiciais para resolver a situação", disse Albuquerque.
Servidores deixaram o prédio ocupado pelos
indígenas alegando que foram avisados sobre
possível ato de reintegração de posse
(Foto: Emily Costa/ G1 RR)
indígenas alegando que foram avisados sobre
possível ato de reintegração de posse
(Foto: Emily Costa/ G1 RR)
Por conta da ocupação, os servidores da Sesai deixaram o prédio nesta terça. Ao G1, eles disseram que foram avisados sobre um possível ato de reinteração de posse.
"Avisaram que a Polícia Federal estava a caminho e viria para retirar os indíos. Por isso, todos nós deixamos o prédio", informou uma servidora que preferiu não se identificar.
A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, mas as ligações não foram atendidas.
Ocupação
Cerca de 50 indígenas da etnia Yanomami invadiram na manhã da segunda-feira (19) o prédio da Sesai. Armados com arcos, flechas e pedaços de madeira, os indígenas cobram a saída da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). Eles afirmam que só deixarão o prédio quando a servidora for exonerada.
Cerca de 50 indígenas da etnia Yanomami invadiram na manhã da segunda-feira (19) o prédio da Sesai. Armados com arcos, flechas e pedaços de madeira, os indígenas cobram a saída da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). Eles afirmam que só deixarão o prédio quando a servidora for exonerada.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde e aguarda retorno.
Hutukara
Por telefone, um membro da Hutukara Associação Yanomami, Maurício Yekuana, reiterou que o grupo não apoia a manifestação.
Por telefone, um membro da Hutukara Associação Yanomami, Maurício Yekuana, reiterou que o grupo não apoia a manifestação.
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