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Em dois eventos consecutivos realizados em Boa Vista (RR) – a etapa distrital da Conferência Nacional de Saúde Indígena e a reunião do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana - a queixa é recorrente: os problemas continuam e o atendimento é insatisfatório
A etapa distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, de 28 a 30 de setembro, em Boa Vista, contou com a participação de 150 delegados - 115 deles representando os Yanomami, Sanuma, Ninam, Yanomae e Ye’kuana.
O tema da conferência foi “Subsistema de Atenção a Saúde Indígena e SUS: Direito, Acesso, Diversidade e Atenção Diferenciada”, e teve como eixos temáticos (i) os avanços e desafios de garantir a atenção básica para os povos indígenas nas três esferas do governo, incluindo também os atendimentos de média e alta complexidade; (ii) o controle social e a gestão participativa na saúde indígena; (iii) etnodesenvolvimento e segurança alimentar e nutricional, além de (iv) saneamento e edificações.
Durante as apresentações dos gestores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, a ênfase recaiu sobre o atendimento de média e alta complexidade, onde os Yanomami estão cada vez mais inseridos. As falas dos gestores não contemplaram questões relacionadas à democratização e descentralização das decisões no distrito sanitário. Sobre o controle social e a gestão participativa, a apresentação foi inadequada, deixando subentendido que esse exercício deve ser feito pelos funcionários e não pelos usuários do sistema especial de saúde.
Proposta é criar programa permanente de capacitação
Sobre a formação dos profissionais indígenas foi explicado que a ausência de capacitação deve-se ao fato da falta de escolarização entre eles. Uma das propostas aprovadas visa a criação e implementação de um programa permanente de formação e capacitação para Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (Aisan), Agentes Indígenas de Saúde Bucal, microscopistas e intérpretes indígenas, que seja amparado por um termo técnico entre o Ministério da Saúde e Ministério da Educação, que garanta a escolarização e as certificações desses profissionais.Leia Mais!http://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/yanomami-avaliam-em-conferencia-que-atendimento-a-saude-continua-insatisfatorio
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