Por Tereza Amaral
Um primeiro balanço da Mobilização Nacional Indígena que iniciou no último dia 30 e encerra sábado - sob holofotes do mundo sobretudo através das redes sociais - aponta lamentáveis fatos que ratificam a localização do governo Dilma na política indigenista.
E por governo é preciso entendermos que tudo que acontece no coração político do país, e falo mais especificamente e inicialmente sobre atitudes inaceitáveis da Polícia Militar que jogou spray de pimentas em indígenas sob a liderança do Chefe Maior, o idoso cacique Raoni, passa na cadeia de comando pela Presidência da República e governo do Distrito Federal.
A imagem mostrada pela mídia alternativa Ninja é um acinte ao
direito de quem possui o
direito de entrar nas casas do Povo - Congresso Nacional - em defesa dos seus
direitos. Uma ordem inaceitável e irresponsável, inclusive, para a saúde dos povos de mais de cem etnias, isso sem falar em crianças e idosos como é o caso do cacique Raoni. Ver link!
http://odescortinardaamazonia.blogspot.com.br/2013/10/indios-tentam-entrar-no-congresso-e-sao.html
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Cacique Raoni em Brasília _ Foto Maira Irigaray |
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Ex-presidente Lula na OAB _ Foto Portal Vermelho |
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Face Indígena _ Greenpeace |
Mas a intransigência na omissão do governo Dilma e seu aliado maior depois da Bancada Ruralista, o ex-presidente Lula não para por aí. Em solenidade na OAB, Lula falou sobre tudo (?) nos 25 anos da Constituição - da Constituinte, importância da Constituição até as conquistas e, claro, sobre os avanços sociais do seu governo e da sua afilhada. Ele destacou como principais conquistas da nova Carta Magna "a liberdade de expressão e organização, dentre outras," que não foi o que assistimos na 'Vergonha Spray'. E sobre a mobilização dos povos originários, em tempo real em Brasília, não mencionou uma única palavra. E com a face indígena hasteada bem abaixo do mastro da bandeira nacional. Ver link!
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=225595
Já a sua sucessora não fica atrás na intransigência em não atender as demandas indígenas. Dilma fica no "faz de conta que não estou vendo" e já são três dias sem abrir a sua agenda para atender uma comissão. Ela que vive sentada - quando não seus ministros - com o que há de mais conservador no país: os ruralistas que tanto na Câmara como no Senado trabalham em defesa dos seus próprios interesses e estão esmagando os nossos povos originários com suas manobras políticas com vistas à expansão do Agronegócio. E a indagação que não pode ficar sem resposta é: até quando vamos aceitar os ataques ao Direito Indígena?
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