Em decisão que fortalece o agrocrime com o 'Marco da Impunidade' no Mato Grosso do Sul, o ministro Marcos Aurélio Mello (STF) manda soltar cinco fazendeiros responsáveis pelo Massacre de Caarapó
Fotos _ Ana Mendes/ Cimi Ilustração _ site Mazelas do Judiciário |
Por Tereza Amaral
A Mãe das Horas, mais conhecida como Dama da Justiça - símbolo do Supremo Tribunal Federal (STF) - ao que parece 'tombou' como o corpo do jovem líder indígena Guarani-Kaiowá Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 26 anos, no Massacre de Caarapó (MS).
Ao invés de acertar os ponteiros do Marco Temporal, considerado inconstitucional pelos renomados juristas Dalmo Dallari e José Afonso da Silva , numa decisão p'ra lá de descompassada o ministro Marco Aurélio de Mello agraciou com Habeas Corpus os produtores rurais Nelson Buainain Filho, Dionei Guedin, Eduardo Tomonaga, o "Japonês", Jesus Camacho e Virgílio Mettifogo. Os cinco são acusados do massacre que deixou mais seis indígenas gravemente feridos, inclusive uma criança de apenas 12 anos.
Eles estão sendo soltos em apenas dois meses e quinze dias porque "o STF analisou e conforme apresentado pela defesa, percebeu que não havia a necessidade de medida tão drástica e que eles podem responder em liberdade".
Pelo menos foi o que disse o advogado de dois deles em matéria publicada pelo Campo Grande News. Mais uma mazela da Suprema Corte, na figura do ministro Marco Aurélio Mello, em não considerar "drástico" e colocar em liberdade acusados de homicídio, sequestro e graves ferimentos com armas de grosso calibre em regiões letais de seis Guarani-Kaiowá. Isto, sim, é o escárnio à Têmis, a deusa protetora dos oprimidos!
Leia matéria do Campo Grande News aqui.
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