O
Conselho Missionário Regional (Comire) Oeste 1 (Mato Grosso do
Sul), reunido em Assembleia anual nos dias 27 a 29 de novembro, em
Dourados (MS), divulgou uma carta de apoio e solidariedade ao Conselho
Indigenista Missionário (Cimi) e a todas as pastorais a serviço dos
pobres e excluídos.
A
Carta denuncia as ameaças de criminalização do Cimi por meio da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento na Assembleia
Legislativa do Mato Grosso do Sul, para investigar a ação missionária da
entidade junto aos povos indígenas.
Proposta pela fazendeira e deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) e subscrita por outros deputados fazendeiros, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul criou a CPI, por despacho assinado pelo presidente da Casa, o deputado Junior Mochi (PMDB), e publicado no dia 18 de setembro de 2015, no Diário Oficial.
Proposta pela fazendeira e deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) e subscrita por outros deputados fazendeiros, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul criou a CPI, por despacho assinado pelo presidente da Casa, o deputado Junior Mochi (PMDB), e publicado no dia 18 de setembro de 2015, no Diário Oficial.
Segundo
o Cimi, a CPI em questão faz parte da estratégia de ataques ruralistas
aos povos indígenas e seus aliados. Naquele estado, uma parte dos
fazendeiros e seus jagunços tem atuado através de milícias armadas com
ataques contra o povo Guarani Kaiowá dos Tekohá Nanderu Marangatu, Guyra
Kamby’i, Pyelito Kue e Potreiro Guasu. Como resultado, o líder Guarani
Kaiowá, Semião Vilhalva, foi assassinado, três indígenas foram baleados
por arma de fogo, vários foram feridos por balas de borracha e dezenas
de indígenas foram espancados.
Nos últimos 12 anos, ao menos 585 indígenas cometeram suicídio e outros 390 foram assassinados no Mato Grosso do Sul. O estado tem 23 milhões de bovinos que ocupam aproximadamente 23 milhões de hectares de terra. Enquanto isso, com os procedimentos de demarcação paralisados, os cerca de 45 mil Guarani Kaiowá continuam espremidos em apenas 30 mil hectares de suas terras tradicionais.
Nos últimos 12 anos, ao menos 585 indígenas cometeram suicídio e outros 390 foram assassinados no Mato Grosso do Sul. O estado tem 23 milhões de bovinos que ocupam aproximadamente 23 milhões de hectares de terra. Enquanto isso, com os procedimentos de demarcação paralisados, os cerca de 45 mil Guarani Kaiowá continuam espremidos em apenas 30 mil hectares de suas terras tradicionais.
A missão do Cimi
No
Mato Grosso do Sul, o Cimi conta com apenas sete missionários e o apoio
de outras 13 pessoas. O jovem gaúcho Matias Benno Rempel faz parte do
Cimi desde 2013 e está há um ano em Dourados (MS). “Podemos afirmar que
os Guarani Kaiowá vivem uma subvida. Essa questão se tornou conhecida em
cortes de Direitos Humanos no Brasil e em muitos países por ser a
segunda maior população indígena no país na pior situação”, afirma o
missionário. Vivendo em muitos acampamentos, com pouca terra, os
indígenas estão na miséria. Essa situação de confinamento leva a outras
consequências como a perda da cultura e da identidade, o suicídio, a
desesperança e uma vida sem dignidade.
Matias
explica que, mesmo assim, “o Cimi divide as esperanças com esses povos e
permanece junto nos momentos mais difíceis para anunciar o Reino que
vem com a denúncia daquilo que agride a vida por meio do Relatório de
Violência contra os indígenas. O fato faz o estado brasileiro repensar
suas práticas com relação a esses povos”.
Irmã
Joana Aparecida Ortiz pertence à congregação das Franciscanas de Nossa
Senhora Aparecida. Presente na Assembleia do Comire em Dourados, ela
relata que a missão do Cimi tem sido visitar as comunidades nas aldeias e
áreas retomadas para escutar suas demandas na saúde, educação e na luta
pela terra. O Cimi procura dar voz aos indígenas para que contem sua
real situação. A missionária lamenta a desinformação e manipulação dos
fatos por parte da mídia que confunde a população e as próprias
comunidades cristãs.
Irmã Joana reforça que a missão do Cimi é deixar que os indígenas sejam os protagonistas de sua história. “Quem toma as decisões das ocupações e das retomadas das terras são os próprios indígenas. A nossa Igreja conhece pouco sobre a questão. Das seis dioceses no estado, cinco têm indígenas com aldeias e áreas de conflitos”. Pensando nisso o Cimi programou para o mês de julho de 2016, um curso sobre o indigenismo missionário destinado às pessoas que querem conhecer melhor a questão indígena.
Irmã Joana já sofreu intimidações do delegado daSuperintendência da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, Alcídio de Souza Araújo, que duvidou de sua condição de religiosa e missionária. “Diante desse fato eu não me sinto abalada por que eu sei da minha missão junto de Deus que me compromete com os povos indígenas. É triste as pessoas saberem quem somos e tentarem anular a missão da Vida Religiosa justamente no Ano da Vida Consagrada. Isso é consequência do nosso seguimento a Jesus Cristo”, declara Irmã Joana.
Confira abaixo a íntegra da Carta de apoio ao Cimi.
Irmã Joana reforça que a missão do Cimi é deixar que os indígenas sejam os protagonistas de sua história. “Quem toma as decisões das ocupações e das retomadas das terras são os próprios indígenas. A nossa Igreja conhece pouco sobre a questão. Das seis dioceses no estado, cinco têm indígenas com aldeias e áreas de conflitos”. Pensando nisso o Cimi programou para o mês de julho de 2016, um curso sobre o indigenismo missionário destinado às pessoas que querem conhecer melhor a questão indígena.
Irmã Joana já sofreu intimidações do delegado daSuperintendência da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, Alcídio de Souza Araújo, que duvidou de sua condição de religiosa e missionária. “Diante desse fato eu não me sinto abalada por que eu sei da minha missão junto de Deus que me compromete com os povos indígenas. É triste as pessoas saberem quem somos e tentarem anular a missão da Vida Religiosa justamente no Ano da Vida Consagrada. Isso é consequência do nosso seguimento a Jesus Cristo”, declara Irmã Joana.
Confira abaixo a íntegra da Carta de apoio ao Cimi.
CARTA DE APOIO AO CIMI E AOS POVOS INDÍGENAS DE MATO GROSSO DO SUL
Nós,
missionários e missionárias do Conselho Missionário Regional (Comire)
Oeste 1 da CNBB, (Mato Grosso do Sul), reunidos em Assembleia na cidade
de Dourados (MS), manifestamos por meio desta, nossa total solidariedade
e apoio ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com sua história de
mais de 40 anos em missão a serviço da vida dos povos indígenas no
Brasil.
Cientes
das ameaças de criminalização do Cimi por meio da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) em andamento na Assembleia Legislativa no Estado do
Mato Grosso do Sul, para investigar a ação missionária da entidade junto
aos povos indígenas, vimos expressar nossa indignação ao que
consideramos ilegal uma vez que o Cimi não é um órgão público ou do
estado, mas um organismo da Igreja Católica Apostólica Romana vinculado à
CNBB.
Esta
não é a primeira CPI ou instrumento de coerção que recai sobre o Cimi e
outras entidades e pastorais de nossa Igreja por se colocarem a serviço
dos pobres, excluídos e marginalizados de nossa sociedade.
Por
esta carta queremos dizer que acreditamos na autonomia dos povos
indígenas, em sua capacidade de se organizar e buscar, com seu
protagonismo, o direito ao “Bem Viver”, à Terra sem Males.
Por
fim, reafirmamos nossa solidariedade e apoio ao Cimi e a todos os
indígenas do Mato Grosso do Sul, aos quais a nossa Igreja abre suas
portas para acolher, assim como o faz com todos e todas que dela se
aproximam.
“É missão de todos nós, Deus chama, quero ouvir a sua voz”. Hoje no grito pela vida dos povos indígenas.
Dourados 29 de novembro de 2015
Os participantes da Assembleia anual do Comire Oeste 1 da CNBB
Os participantes da Assembleia anual do Comire Oeste 1 da CNBB
manifesto em divulgação
ResponderExcluir1. TERRAPLANAGEM DE IDENTIDADES
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Os Nazis-Económicos (nazis-made-in-USA) terraplanam Identidades atrás de Identidades Autóctones de forma insaciável...
-» Quando se fala no (legítimo) Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones [nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico'... Inclusive as economicamente pouco rentáveis...] nazis-made-in-USA - desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica - proclamam logo: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia...»
[nota: os nazis-made-in-USA provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]
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Ora, de facto:
A elite da finança e das corporações está apostada em destruir a Nações.
Armadilhou o sul da Europa pelo endividamento, quer com a colaboração de políticos medíocres, quer fazendo os estados resgatar com o seu dinheiro a corrupção financeira. Eles querem destruir as soberanias... dividir/dissolver as Identidades para reinar... tudo para criarem uma "massa amorfa" de gente inerte, pobre e escravizada e assim melhor estabelecerem a Nova Ordem Mundial: uma nova ordem a seguir ao caos – uma ORDEM MERCENÁRIA (um Neofeudalismo)... ou seja, a 'Ordem Natural' que emerge de um 'barril de pólvora' (leia-se, o caos organizado pela alta finança).
---» Andam por aí muitas marionetas... cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse - alta finança, capital global.
2. SOBREVIVÊNCIA DE IDENTIDADES AUTÓCTONES
Nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim... a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros.
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Os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa!
Existem ´globalization-lovers´... e existem ´globalization-lovers´ nazis (estes buscam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones).
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Uma questão é a ajuda a refugiados... uma outra questão são os NAZIS que usam a questão dos refugiados para propagandear/negar o Direito à Sobrevivência de outros...
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Pelo Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones:
-» http://separatismo--50--50.blogspot.com/
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P.S.
Apesar da existência de montes de problemas... EXISTEM PESSOAS QUE NÃO ABDICAM DE DEFENDER A SALVAGUARDA DE DIREITOS!
---» Outros Direitos que aqui o je vem divulgando já há alguns anos:
- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas: ver blog "http://tabusexo.blogspot.com/".
- O Direito ao Veto de quem Paga: ver blog "http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/".