Operação 'Warari Koxi' foi desarticulada na madrugada desta quinta (7). São investigados empresários, donos de garimpos e pilotos de avião.
A Polícia Federal (PF) iniciou na madrugada desta quinta-feira (7) a operação 'Warari Koxi' para combater e desarticular uma organização criminosa que agia na extração ilegal de ouro e pedras preciosas nas terras da Reserva Yanomami, na região de Boqueirão e Uraricoera, extremo Norte de Roraima. De acordo com a Polícia Federal, devem ser cumpridas 313 medidas judiciais nos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Pará e São Paulo.
Entre os pontos investigados pela operação estão algumas das joalherias localizadas nas Ruas Benjamin Constant e Araújo Filho, no Centro da capital. Conforme a Polícia Federal, foram apreendidos documentos nas empresas investigadas. Até o início desta manhã não houve prisões.
Estão envolvidos na operação cerca de 150 policiais federais, de várias regiões do país, além de equipes da Polícia Militar e agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que atuam no apoio à 'Warari Koxi'.
Estão envolvidos na operação cerca de 150 policiais federais, de várias regiões do país, além de equipes da Polícia Militar e agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que atuam no apoio à 'Warari Koxi'.
A PF informou que a organização criminosa investigada é formada por empresários, funcionários públicos, donos de garimpos, joalheiros e pilotos de avião, responsáveis pela implantação de garimpos de ouro, minerais de uso industrial e outras pedras preciosas em reserva Yanomami.
Quanto ao valor envolvido nos crimes, a Polícia Federal informou que são retirados de forma ilegal das áreas de garimpo em torno de 160 quilos de ouro mensalmente, sendo o valor do grama cotado em R$ 110, o que totaliza a sonegação de R$ 17 milhões por mês, conforme dados da PF.
Operação da PF investiga empresários, donos de
garimpo, joalheiros e pilotos de avião
(Foto: Inaê Brandão/G1)
garimpo, joalheiros e pilotos de avião
(Foto: Inaê Brandão/G1)
Os crimes investigados na operação são os de associação criminosa, extração de recursos naturais de forma ilegal, uso indiscriminado de mercúrio, usurpação de patrimônio da união, receptação de bens provenientes de crime, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, contrabando, lavagem de dinheiro e operar institução finaceira sem a devida autorização do Banco Central, segundo informações da Polícia Federal, que ressaltou ainda que somadas as penas podem chegar até 54 anos de prisão.
'Warari Koxi'
Segundo a Polícia Federal, o termo indígena 'Warari Koxi' é utilizado como conceito negativo de intervenção no meio ambiente saudável, fazendo referência a um sentimento de repulsa à conduta de quem destrói e degrada a natureza. Veja matéria do Bom Dia Brasil AQUI!
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