31 de maio de 2015

CASO TERENA: Irmãos Amaral e um "trator" de indagações

Foto compartilhada _ Facebook


 Por Tereza Amaral

Um sobrenome que carrego com tanto respeito pode ser o mesmo dos irmãos José do Amaral Goes, 48, e João Carlos do Amaral Goes, 47, acusados por indígenas Terena de terem atirado em Jolinel Leôncio, 29, da comunidade Mãe Terra, em Miranda, cerca de 200 km de Campo Grande (MS)?

Os Amaral, segundo a Polícia Militar no portal Campo Grande News, seriam "donos de uma fazenda ocupada" pelos índios há dois anos.  Trata-se da Charqueada do Agachy que incide na Terra dos Terena e está listada nas inúmeras aptas na pauta de exportação daquele Estado, conforme site Folha do Fazendeiro.
E aqui as indagações vão além dos irmãos serem da minha já devastada árvore genealógica, caso sejam de duas famílias oriundas de Custódia (PE) que se espalharam pelo sertão pernambucano. Vale ressaltar que não os conheço, mas há coincidências de sobrenomes que me causaram espanto. E se me localizo aqui é em respeito aos povos Terena a quem defendo veementemente com a minha RGK (Resistência Guarani-Kaiowá). E faço, abaixo, uma pergunta que na verdade está revestida de questionamentos:
Como latifundiários poderosos podem ser donos de supermercado que, ao que me parece, nao é nenhuma grande cadeia?
 "Já tem fazendeiro fazendo venda ilegal das terras. Na Charqueado, nem tem mais gado. Essa terra 'tá' no nome do fazendeiro, mas 'tá' na mão de um comerciante de Miranda que já ameaçou a comunidade", diz o índio Vahelé Terena, líder do movimento. Este textual também do
Campo Grande News revela ligações de negociatas entre os Amaral e  Ibrahim Miranda Cortado, este o verdadeiro dono da fazenda de acordo com ACO (Ação Cívil Originária) 1.783. Ler AQUI.

 Ataques Criminosos

Laranjas ou não, o fato é que os possíveis pernambucanos cometeram um crime contra a comunidadeTerena
e devem ser severamente punidos, bem como investigados na transação que envolve a Charqueado.
Esta não é a primeira vez que a etnia sofre ataques, inclusive fatais, como a morte do guerreiro Oziel. Ele foi morto em uma desastrosa operação da Policia Federal em Sidrolândia.
Nem mesmo as crianças são poupadas pela fúria dos fazendeiros. Em 2011, o ônibus escolar da TI Cachoeirinha sofreu um ataque com pedras e tentativa de incêndio no retorno para a aldeia, também no município de Miranda. Quatro alunos sofreram queimaduras. Isto somente ocorre pela impunidade, omissao e engessamento da demarcação pela presidenta Dilma Rousseff  e, na minha leitura, talvez o mais injusto: nas "togas" do Judiciário, mais precisamente no Supremo Tribunal Federal.

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