Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt
Com Fotos de Natanael Caceres
Imaginem uma candidatura sem dinheiro, sem combustível negociado com empresários do ramo de postos de gasolina - como ocorre com a maioria esmagadora -, dificuldade até para imprimir santinhos e, como senão bastasse, sob ameaça de morte.
Esta candidatura existe e avança cada dia no Mato Grosso do Sul. Cercada pela perseguição implacável do agronegócio por um lado e sob a proteção dos líderes espirituais, o candidato a deputado federal cacique Ládio Veron, que pleiteia uma vaga no Congresso Nacional pelo PSOL, segue otimista junto com os indígenas, camponeses, quilombolas, numa histórica campanha política onde o chefe indígena sequer tem o direito de divulgar a sua agenda.
Neste final de semana, mesmo enfrentando todas as dificuldades inimagináveis, o candidato indígena visitou quatro aldeias. "O mbaraká (maracá) ressoa com os cânticos dos Nhanderu, fortalecendo a nossa alma e nosso espírito na certeza que o povo Guarani Nhandewá e Kaiowá terá seu espaço no Congresso Nacional elegendo o cacique Ládio Veron. Estamos cansadosde ouvir mentiras. Chegou o momento de nos fortalecermos como povo, companheiros e guerreiros", desabafou um cacique.
yvy katu
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