16 de setembro de 2014

Candidatura do Cacique Ládio Veron Reúne Indígenas do MS

"Eu sou um Kaiowá marcado pela tortura no corpo na luta pela sobrevivência. Todos os chutes que deram em minha cabeça no dia 13 de Janeiro de 2003 asseguro que estavam forjando a minha força e coragem pela vida" (Cacique Ládio Veron)
LádioVeron (E) com líderes da Aty Guasu




Por Flávio Bittencourt
com Fotos de Natanael Caceres

Eleito inicialmente pela Grande Assembleia dos Povos Guarani e Kaiowá (Aty Guasu) e, posteriormente, consolidado candidato pelo PSOL  se depender dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul o cacique Ládio Veron toma assento no Congresso Nacional em janeiro de 2015.
Com o cacique Adalto Almeida,
 Terra Indígena Laranjeira Nhanderu
Mesmo com todas as adversidades - sem cartazes, dinheiro, adesivos, combustível e etc. - a bandeira que faltou nas ruas do Mato Grosso do Sul promete tremular em Brasília.

"Nós estamos lutando e demarcando a terra com nosso próprio sangue. Esses doze anos (governos Lula e Dilma) foi de despejo, perseguição e morte", desabafou durante visita na sua Terra Indígena - Gwyra Kambiy - o cacique Ezequiel. O candidato foi recebido no local com cantos e dança tradicional. 


O cacique Ládio Veron disse que o sofrimento por ocasião da morte do seu pai quando foi torturado e quase queimado vivo pelos pistoleiros que mataram o cacique Marcos Veron , em 2003, reacendeu  a coragem para lutar pela vida.


 "Eu sou um Kaiowá marcado pela tortura no corpo na luta pela sobrevivência. Todos os chutes que deram em minha cabeça no dia 13 de Janeiro de 2003 (data do assassinato do pai Cacique Marcos Veron) asseguro que estavam forjando a minha força e coragem pela vida".


O sofrimento a que vem sendo submetidos no Mato Grosso do  Sul com total omissão do governo federal unificou ainda mais os indígenas das sete etnias que possuem imenso respeito pelos líderes espirituais.



 Confia em vídeo as propostas políticas do candidato indígena  aqui.

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