Caricatura _ JBosco Azevedo |
Por Tereza Amaral
Quando um líder esquece que é o homem mais marcado para morrer e um alvo fácil num momento de conflito só há uma explicação: é o amor do tamanho da existência.
Ontem, durante ameaça de despejo da aldeia Guarani-Kaiowá Nhu Verá, no Mato Grosso do Sul, o cacique Ládio Veron foi retirado contra sua vontade da área por líderes que queriam proteger a sua vida.
"A minha maior preocupação são as crianças". O despejo não ocorreu porque foi concedido um prazo de 15 dias para reintegração que favorece os donos da Fazenda Curral de Arame.
O chefe indígena candidato a deputado federal pelo PSOL do Mato Grosso do Sul é um dos líderes da da Aty Guasu e da Resistência Guarani-Kaiowá.
E teve sua candidatura decidida pela Grande Assembleia Guarani e Kaiowá, algo nunca visto na história política do país.
Trata-se da candidatura de povos indígenas com propostas densas em defesa dos seus direitos, dos quilombolas, camponeses e oprimidos de um modo geral.
Trata-se da candidatura de povos indígenas com propostas densas em defesa dos seus direitos, dos quilombolas, camponeses e oprimidos de um modo geral.
Agenda
Ao contrário dos outros candidatos, o cacique Ládio Veron sequer tem assegurado o direito de cidadania. Ele não pode divulgar sua agenda política por conta das investidas dos inimigos do agronegócio local. Em campanha com assessores o carro em que se encontrava já foi alvo de disparos de arma de fogo. Se tomar assento na Câmara Federal o candidato Guarani-Kaiowá será o segundo indígena deputado federal - o único foi Mário Juruna - em 125 anos de República.
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