Ao menos doze índios foram diagnosticados com sintomas do vírus chikungunya em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O número foi confirmado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) no Amapá. Os pacientes com a suspeita da doença realizaram exames e o resultado tem previsão para sair até sexta-feira (3), segundo a diretora do distrito Nilma Pureza.
Todos os casos suspeitos foram identificados na sede de Oiapoque, no extremo Norte do Amapá. Eles apresentaram sintomas semelhantes ao do vírus chikungunya quando foram atendidos nas unidades de saúde.
O diagnóstico de casos suspeitos em indígenas amapaenses preocupa o Distrito Sanitário Especial Indígena por causa da população indígena no município. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 5.569 índios em Oiapoque, correspondendo a 27,5% da população.
O município oiapoquense decretou emergência em 25 setembro após registrar quatro casos confirmados de pessoas infectadas em território amapaense e mais 158 suspeitas de chikungunya até o último balanço, divulgado no sábado (27).
Para a diretora do Dsei, o aparecimento da nova doença em aldeias indígenas de Oiapoque pode ser reflexo do costume dos índios em transitar entre as comunidades rurais e urbanas.
“Os índios de Oiapoque são muito urbanos. Alguns tem dupla residência, tanto na sede do município amapaense quanto em Saint-Georges, na Guiana Francesa. Isso é muito perigoso para saúde das aldeias. Esse transito deles entre as aldeias preocupa a gente”, avaliou Nilma Pureza.
Os doze registros de casos suspeitos fez com que o Distrito Sanitário Especial Indígena e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde traçassem uma estratégias de bloqueio no controle sanitário de indígenas entre Oiapoque e as aldeias. As instituições também trabalham com capacitação dos agentes de saúde e realização do serviço de entomologia, que busca identificar nas aldeias o aparecimento de larvas do mosquito Aedes aegypt, transmissor da doença.
“Além da entomologia, estamos capacitando nossos agentes de saúde indígena em relação ao chikungunya para trabalhar a prevenção nas escolas e aldeias”, afirmou a diretora do Dsei Nilma Pureza.
Registros
A chegada do vírus ao Amapá foi anunciada pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) em junho de 2014. Em agosto, o estado registrou dois casos importados da doença, contraídos em Guadalupe e na Guiana Francesa, país que faz fronteira com Oiapoque.
A chegada do vírus ao Amapá foi anunciada pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) em junho de 2014. Em agosto, o estado registrou dois casos importados da doença, contraídos em Guadalupe e na Guiana Francesa, país que faz fronteira com Oiapoque.
A doença
O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e aedes albopictus.
O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e aedes albopictus.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
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