Por Tereza Amaral com Flávio Bittencourt
Depois de criminalizar os indígenas Tupinambá e Kaingang, a bola da vez agora parece ser os indígenas do Mato Grosso do Sul. Sem sequer ouvi-los, a mídia veicula uma "manifestação de índios terena de Miranda que terminou no início da noite desta quarta-feira (21), segundo informações da Polícia Militar. Três funcionários da prefeitura do município que tinha sido feitos reféns pela manhã, foram liberados por volta das 12h (de MS)."
Foto _ A Crítica* |
A matéria do G1 MS é dúbia e com fontes `chapa branca` (Prefeitura, PM e Polícia Civil) sem declarações dos funcionários mantidos como reféns - e pela manhã até o meio-dia (?) - nem dos indígenas."A assessoria de imprensa da prefeitura de Miranda disse ao G1 que não foi feita nenhuma solicitação oficial por parte dos indígenas e que o órgão aguarda as reivindicações dos terena para se manifestar sobre o assunto". Com esta afirmção, logo em seguida o mesmo G1 diz que os terena, mais precisamente das aldeias Moreira, Passarinho e Cachoeirinha, "reivindicam melhorias nos atendimentos e serviços prestados pela prefeitura da cidade", não informando, contudo, em que áreas.
Ainda na matéria, e segundo a Polícia Civil, "os Terena pegaram veículos da prefeitura que passavam pelo local, entre eles três ônibus escolares, um caminhão usado na coleta de lixo, uma kombi e um carro de passeio". Os indígenas teriam fechado uma estrada vicinal que dá acesso ao lixão do município. E a pergunta que não cala é: até quando a imprensa vai tratar assuntos envolvendo indígenas com conteúdo superficial e com efeito de criminalizar?
*Matéria no mesmo `padrão`sem ouvir os indígenas. A Fotografia não tem crédito autoral
*Matéria no mesmo `padrão`sem ouvir os indígenas. A Fotografia não tem crédito autoral
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