Oziel Gabriel no dia do conflito _ compartilhada de Marcelo Cristovão/FB |
Morto _ compatilhada de Marcelo Cristovão/Facebook |
Foto _ Dionedison Candido |
Com faixas com os dizeres "A Impunidade está Entalada na Garganta, indígenas Terena ocuparam o centro de Campo Grande (MS). Eles pediram justiça pela morte de Oziel Terena assassinado há um ano. Leia matéria abaixo de Marcelo Cristóvão:
O índio, a morte e o mistério
Há um ano, o indígena terena Oziel Gabriel ainda estava vivo. Em 30 de maio, ele foi morto durante reintegração de posse da fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), cumprida por forças da PF e tropa de choque da PM. O inquérito da PF não chegou a conclusão alguma. Também, pudera, a bala que o matou simplesmente sumiu. Outro indígena atingido na mão teve a bala extraída e ela também sumiu. Sem bala, impossível comprovar a arma de onde saiu o tiro. Sem isso, não se pode responsabilizar ninguém.
Logo após o conflito, o ministro da Justiça veio a MS com um avião lotado de autoridades, prometeu resolver a demarcação da Terra Indígena Buriti, que já foi reconhecida como tal pelo governo mas jamais demarcada. Promessa não cumprida, obviamente. A estratégia do governo federal parece ser empurrar com a barriga, marcando reunião pra agendar outra reunião.
E assim la nave va. Sem qualquer atitude do governo federal, que deu títulos de terra no começo do século 20 para fazendeiros ocuparem terra de índio. Assim, temos dois donos legais para uma terra só.
A desapropriação das fazendas, com pagamento da terra e benfeitorias, foi aventada, mas jamais adotada.
Aqui, reportagem sobre o conflitohttp://www.youtube.com/watch?v=aB0NwgxnE2E
Aqui, nota sobre a falta de vontade estatal para resolver o conflito
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