Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Por El País
Marina Rossi
Algumas cidades brasileiras foram palco, mais uma vez, de
manifestações nesta terça-feira. Tendo a Copa do Mundo como alvo
principal, manifestantes de diferentes categorias – de indígenas a
rodoviários – foram às ruas reivindicar suas causas e criticar a
realização do Mundial no Brasil.
Em Brasília, 2.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, entre índios de diversas etnias, trabalhadores sem teto e movimentos sociais contrários à realização da Copa do Mundo, foram para as ruas com uma lista de reivindicações. Entre elas: a retomada de demarcações de terras indígenas, moradia para as pessoas que foram removidas das áreas de construção dos estádios, revogação da lei que concede isenção fiscal à FIFA e suas parceiras comerciais, desmilitarização da polícia e fim da repressão aos movimentos sociais, entre outras causas.
Os indígenas foram até Brasília para participar da Mobilização Nacional Indígena, que se estende até esta quinta-feira 29. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os índios se juntaram aos manifestantes por “considerarem que esta é uma causa de todos os brasileiros”, segundo informava o site da entidade.
A concentração ocorreu na Rodoviária Plano Piloto e de lá os manifestantes marcharam na direção do Estádio Nacional de Brasília, um dos estádios que receberão os jogos e onde estava a Taça da Copa em exposição. Por medidas de segurança, a Taça foi retirada do local.
No caminho, houve confronto com a polícia, que usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os participantes do ato. Segundo a Polícia Militar, 700 PMs estavam presentes. Os índios tentaram se defender usando arco e flecha e, segundo a PM, um policial foi atingido por uma flecha e ficou levemente ferido. Por outro lado, de acordo com a Apib, seis lideranças indígenas foram atingidas por balas de borracha, entre eles uma mulher do povo Pankararu. Um fotógrafo da agência Reuters sofreu ferimento na perna por resquícios de uma bomba de efeito moral e um padre que acompanhava o povo Xerente foi atingido na mão por uma bala de borracha, segundo informações da Apib. Ainda segundo a entidade, uma pessoa foi presa.
Embora a Copa do Mundo tenha virado a razão para diversas categorias se colocarem nas ruas, alguns setores da sociedade têm, todos os anos, um calendário de mobilização, tenha Copa ou não. A Mobilização Nacional Indígena, por exemplo, é um movimento anual de reivindicação dos direitos indígenas. Todos os anos índios de diferentes etnias vão a Brasília reivindicar suas causas. As greves de categorias como a dos professores e servidores públicos são comumente repetidas nos períodos próximos à negociação do dissídio e, mais ainda, em ano eleitoral.
Os profissionais reivindicam a incorporação imediata do aumento salarial de 15,38% anunciado pela Prefeitura que, por sua vez, afirma que só poderá conceder a incorporação a partir do ano que vem.
Além dos profissionais da rede municipal, professores, funcionários e estudantes das três universidades paulistas – USP, Unicamp e Unesp - decretaram greve nesta terça-feira. A razão da paralisação foi porque o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) propôs não reajustar os salários dos servidores devido ao comprometimento do orçamento das entidades com a folha de pagamento: 105% do orçamento da USP, 97% da Unicamp e 95% do orçamento da Unesp são engolidos pelos salários.
A assembleia foi realizada depois de uma passeata que fechou a pista central da Avenida Presidente Vargas. Depois, o grupo marchou rumo à Central do Brasil.
Nota: Esse blog usou outra foto para a matéria do El País
Em Brasília, 2.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, entre índios de diversas etnias, trabalhadores sem teto e movimentos sociais contrários à realização da Copa do Mundo, foram para as ruas com uma lista de reivindicações. Entre elas: a retomada de demarcações de terras indígenas, moradia para as pessoas que foram removidas das áreas de construção dos estádios, revogação da lei que concede isenção fiscal à FIFA e suas parceiras comerciais, desmilitarização da polícia e fim da repressão aos movimentos sociais, entre outras causas.
Os indígenas foram até Brasília para participar da Mobilização Nacional Indígena, que se estende até esta quinta-feira 29. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os índios se juntaram aos manifestantes por “considerarem que esta é uma causa de todos os brasileiros”, segundo informava o site da entidade.
A concentração ocorreu na Rodoviária Plano Piloto e de lá os manifestantes marcharam na direção do Estádio Nacional de Brasília, um dos estádios que receberão os jogos e onde estava a Taça da Copa em exposição. Por medidas de segurança, a Taça foi retirada do local.
No caminho, houve confronto com a polícia, que usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os participantes do ato. Segundo a Polícia Militar, 700 PMs estavam presentes. Os índios tentaram se defender usando arco e flecha e, segundo a PM, um policial foi atingido por uma flecha e ficou levemente ferido. Por outro lado, de acordo com a Apib, seis lideranças indígenas foram atingidas por balas de borracha, entre eles uma mulher do povo Pankararu. Um fotógrafo da agência Reuters sofreu ferimento na perna por resquícios de uma bomba de efeito moral e um padre que acompanhava o povo Xerente foi atingido na mão por uma bala de borracha, segundo informações da Apib. Ainda segundo a entidade, uma pessoa foi presa.
Embora a Copa do Mundo tenha virado a razão para diversas categorias se colocarem nas ruas, alguns setores da sociedade têm, todos os anos, um calendário de mobilização, tenha Copa ou não. A Mobilização Nacional Indígena, por exemplo, é um movimento anual de reivindicação dos direitos indígenas. Todos os anos índios de diferentes etnias vão a Brasília reivindicar suas causas. As greves de categorias como a dos professores e servidores públicos são comumente repetidas nos períodos próximos à negociação do dissídio e, mais ainda, em ano eleitoral.
Professores
Em São Paulo, os professores e gestores da rede municipal de educação seguem em greve há 35 dias e, nesta terça-feira, também foram às ruas. Os manifestantes partiram do MASP no início da tarde, fecharam parte da Avenida Paulista e seguiram em direção ao Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura. No total, segundo a Polícia Militar, 2.300 pessoas participaram das manifestações.Os profissionais reivindicam a incorporação imediata do aumento salarial de 15,38% anunciado pela Prefeitura que, por sua vez, afirma que só poderá conceder a incorporação a partir do ano que vem.
Além dos profissionais da rede municipal, professores, funcionários e estudantes das três universidades paulistas – USP, Unicamp e Unesp - decretaram greve nesta terça-feira. A razão da paralisação foi porque o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) propôs não reajustar os salários dos servidores devido ao comprometimento do orçamento das entidades com a folha de pagamento: 105% do orçamento da USP, 97% da Unicamp e 95% do orçamento da Unesp são engolidos pelos salários.
Rodoviários
No Rio de Janeiro, os trabalhadores do setor rodoviário (motoristas e cobradores de ônibus) decidiram entrar em greve de 24 horas a partir da meia-noite desta terça. Uma nova assembleia deve ser realizada na sexta-feira 30 para decidir o próximo passo.A assembleia foi realizada depois de uma passeata que fechou a pista central da Avenida Presidente Vargas. Depois, o grupo marchou rumo à Central do Brasil.
Médicos
Em Belo Horizonte, os médicos da rede municipal decidiram fazer uma paralisação de 48 horas em todos os centros de saúde a partir desta terça-feira. Em três semanas, essa é a terceira paralisação da categoria na capital mineira. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Estado de Minas Gerais, os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho.Nota: Esse blog usou outra foto para a matéria do El País
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