25 de maio de 2014

Copa: Não ao Preconceito e Negação da nossa Face Indígena


Foto _ Gilmar Veron

Por Tereza Amaral

Desde sempre...subjugar, discriminar e tentar matar o impossível de morrer: a cultura que, antropologicamente, não é inferior nem superior, mas diferente. A estória dos povos indígenas normalmente não é historiada, mas folclorizadas ou esgarçada e tecida por órgãos da imprensa, classes dominantes e muitos governantes.

Já na carta de Pero Vaz de Caminha abre-se o caminho para a discriminação
Em um trecho, depois de curiosidade o modo de viver do indígena é visto com preconceito pelos colonizadores. Uma `guetização que vergonhosamente continua até os dias de hoje com os Guarani-Kaiowá, Terena, Kaingang e Tupinambá, dentre outras das 305 etniasetnias.

Atualmente temos atores sociais de vários segmentos defendendo veementemente a população indígena. Já no cenário artístico, lamentavelmente, não temos atores do naipe de Marlon Brando   que  recusou o Oscar de Melhor Ator, em 1972, por sua participação em “O Poderoso Chefão”. Ele enviou a índia Sacheen Littlefeather à cerimônia em protesto ao modo como a televisão e o cinema retratavam os indígenas. Aqui, Regina Duarte e Toni Ramos... fora de cena!  

Adolescente Krahô _ Raimundo Paccó
O fato é que brasileiros são indigenadescendentes, condição sublime para quem não se localiza no grotesco. Igualmente fato é o roubo das terras sagradas reconhecidamente indígenas e engessadas pela política de demarcação da presidente Dilma Roussef  subserviente ao agronegócio.O motivo? Eleitoral e aprovação da maior bancada no Congresso Nacional: a ruralista.



COPA NO `PASSE DE ETNOCÍDIO`

 Em véspera de Copa do Mundo, o governo insiste em encobrir - seria esse o termo? - a nossa matriz indígena que não aparece nos clips oficiais do mundial. Vale ressaltar que de forma nada inteligente, pois o mosaico indígena brasileiro é venerado no planeta. 

Déficit de inteligência apenas? O termo correto é o `passe do etnocídio`. Driblar essa `jogada` é um dever em defesa da brasilidade. E pacificamente, educadamente e, preferencialmente, com o rosto pintado, adereços e, sobretudo, respeito durante os jogos do mundial.  


Criancinha Guarani-Kaiowá e sua bola na Aldeia Taquara _ Mato Grosso do Sul/Gian Longato

Nenhum comentário:

Postar um comentário