Líder indígena de área retomada Terena Sob proteção do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos da Presidência da República - sobreviveu a dois atentados - reverencia a Relatora da ONU, a também indígena Victoria Tauli-Corpuz. Paulino Terena que quase foi queimado pelo agrocrime disse que a imagem que se tem do Brasil lá fora em relação aos povos originários é equivocada. Ver AQUI.
Por Dionedison Cândido (Texto e Fotos)
Campo Grande
Atenta aos depoimentos, a relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, reuniu com lideranças indígenas Terena, Kinikinau e Kadiwéu nesta sexta-feira. A visita teve como objetivo examinar a situação dos direitos humanos dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul. Segundo ela, toda a situação drástica que vem ocorrendo com a população indígena neste estado precisa ser investigada de forma mais profunda através de uma comissão internacional para buscar mais informação.
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Lindomar Terena falou sobre a trajetória de luta do seu povo. Emocionado - chorou - ele que também está sob proteção do Estado clamou por justiça. |
Aquelas pessoas que cometeram injustiça contra a população indígena, segundo a relatora, devem ser levadas à Justiça. Ela solidarizou-se com a dor dos indígenas e disse que relatos sobre violações dos direitos dos povos indígenas aqui no Mato Grosso do Sul em nenhum momento deram visibilidade na ONU e que irá monitorar as recomendações feitas com relação aos direitos humanos.

(Otoniel Terena, irmão do guerreiro Oziel Terena, ao lembrar em seu relato que nesta sexta-feira a Polícia Federal arquivou o processo do assassinado na reintegração de posse no município de Sidrolândia)
Uma indígena Kinikinau falou sobre a luta do seu povo que não tem terra própria. Eles moram de favores na terra indígena Kadiwéu e dos Terena. O cacique Marcos Terena, da aldeia Cachoeirinha, disse que seu povo não tem mais rio para pescar. "As fazendas tomaram conta dos nossos rios e não podemos pescar pois corremos risco dos capangas nos matar", denunciou.

Lideranças indígenas entregaram um relatório detalhado com 15 folhas contendo inúmeras denúncias nas mãos de Victoria Tauli-Corpuz.
Acompanhe página do Conselho do Povo Terena AQUI.
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