5 de março de 2016

Bebê Guarani-Kaiowá é vítima do "Genocídio Silencioso" (MS)

Imagem printada
Por Tereza Amaral
com Bia Morais


Não há sangue, mas lamúria e o apelo do pai de Daigo Guarani-Kaiowá, numa comovente demonstração de socialização que poucos alcançam. Diante do corpo do seu filho, ele denuncia a omissão das autoridades de Saúde na Terra Indígena Ivy Katu e, de forma grandiosa, ainda tem força para pedir a reversão do gravíssimo quadro resultante também do consumo de água contaminada. Ver AQUI
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O seu filhinho morreu acometido por diarreia, omissão de socorro e o inimaginável: povos originários daquele estado que habitam em cima do aquífero Guarani sem acesso a água potável e energia elétrica
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O presidente nacional da Funai, João Pedro Gonçalves, insiste em negar o genocídio - há o 'vermelho' (assassinatos com barbarização e impunidade) e o 'branco ou silencioso' com suicídios, casos como do bebê Daigo, dentre outras 'modalidades' como ataques químicos contra comunidades indígenas pulverizadas de forma criminosa nos voos rasantes pelos aviões dos ruralistas.
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E fica a pergunta: por que será que ao invés de reconhecerem e agilizarem o processo demarcatório simplesmente negam o que o mundo visualiza estarrecido pelas redes sociais?

Como senão bastasse, a Funai - leia governo federal - em véspera da visita da relatora da ONU ao Mato Grosso do Sul ) tenta uma manobra pra lá de medieva - isso mesmo -, passando por cima do etnocídio, ecocídio e genocídio com uma proposta inconstitucional de escambo: o órgão quer trocar o direito constitucional da demarcação de TIs ( Territórios Indígenas) por criação de mais reservas, verdadeiros bolsões de confinamento cujo "aperto" segundo o líder indígena Ládio Veron é o responsável pelos suicídios de jovens. Assista AQUI.

Proposta veemente repudiada pela Aty Guasu. Ler matéria do Cimi

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