16 de março de 2016

Guerreiros se dirigem a Aldeia Taquara para resistir a mais um despejo (MS)

Por Tereza Amaral com Bia Morais

Ler NOTA SOBRE ATAQUE NESTE MOMENTO ( Atualizada)

Mais uma vez a aldeia Taquara, local onde o cacique Marcos Veron foi barbaramente assassinado, em 2003, e já reconhecida  - está sob contestação judicial - poderá ser palco "de uma morte anunciada" nesta quinta-feira. O desembargador Hélio Nogueira, do Tribunal Regional Federal da Terceira Região, concedeu liminar de reintegração de posse aos donos da Fazenda Brasília do Sul Ler aqui.

Foto _ Samuel Aquino
Guerreiros de outras Terras indígenas (TIs) daquele estado seguiram para o tekoha - lugar onde se é   - da viúva Julia Veron. Há cerca de um mês, um guerreiro da aldeia não resistiu a pressão e faleceu. Ver audiovisual aqui.

O histórico de reintegração de posse no Mato Grosso do Sul é sangrento com mortes de indígenas das etnias Kaiowá e Terena. Exemplo disso foi em Buriti, onde Oziel Terena tombou numa desatrosa operação da Polícia Federal

Diante da iminência de uma possível tragédia - os Guarani-Kaiowá já anunciaram que resistirão - clamamos para que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda mais essa ação de despejo, cujo prazo encerra amanhã.

NOTA

Rodrigo Siqueira Arareju 


URGENTE! ALERTA TEKOHA TAKUARA - JUTI/MS

Membros do Aty Guasu na Terra Indígena Takuara acabam de telefonar (21h30 horário Brasília) para denunciar cerco de milícia paramilitar na retomada, com viaturas da empresa de segurança privada SEPRIVA, caminhonetes e pistoleiros. Relatam muitos disparos de arma de fogo e clima de pânico entre crianças e idosos.
Tragédia anunciada, que se repete 13 anos após a brutal execução do cacique Marcos Veron, novamente na noite de véspera de despejo judicial autorizado através de liminar deferida pelo TRF - 3ª Região em ação de reintegração de posse.
Às 22h22 (hora Brasília), a Equipe Federal do Programa de Defensores de Direitos Humanos foi comunicada do ataque paramilitar.
O Comitê Permanente de Apoio ao Povo Guarani e Kaiowa na UnB foi acionado, mas se perdeu o contato com as lideranças nos últimos minutos. Foi informada a presença no local do conflito de alguns membros do Aty Guasu cadastrados no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos do Governo Federal.

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